Fidel aparece na TV e acusa EUA de orquestrarem ataque ao Irã
O líder da revolução cubana e ex-presidente da ilha, Fidel Castro, participou nesta segunda-feira (12) de um programa da televisão oficial de seu país, em que tratou de questões internacionais, como as sanções contra o Irã e o conflito entre as Coreias. Ele alertou para o grave perigo que significará, para a paz mundial, uma agressão militar dos Estados Unidos e de Israel ao Irã.
Para Fidel, os Estados Unidos estão
orquestrando uma série de pretextos para agredir o Irã e, assim,
isolá-lo internacionalmente. O ex-presidente disse ainda que as recentes
sanções aplicadas à nação iraniana são provas das reais intenções
norte-americanas.
Durante sua participação no programa Mesa redonda, Fidel sublinhou que o virtual ataque, para o qual estão concentrados importantes efetivos militares dos EUA e de Israel no Golfo Pérsico, pretende destruir o Irã e se baseia na equivocada teoria de uma ausência de resistência por parte desse povo.
"Fazer um cálculo em cima do pressuposto de que os iranianos vão sair correndo é um verdadeiro absurdo", disse, após recordar a história de luta desta nação e também seus preparativos defensivos durante as últimas décadas. Fidel expressou que, ante os agressivos moivimentos dos EUA e de Israel - "totalmente públicos" -, o Irã adquiriu todas as armas possíveis e milhões de cidadãos integram o grupo Guardiões da Revolução e as forças aéreas, terrestres e marítimas do Exército e da Marinha.
"Estão treinando todas as pessoas maiores de 12 anos e menores de 60, são 20 milhões de muçulmanos xiitas", manifestou, em alusão aos generalizados preparativos do povo para enfrentar uma agressão anunciada.
O líder cubano explicou que assim como a agressão contra um barco sul-coreano supostamente realizada pelos EUA para provocar uma guerra entre as duas Coreias, as sanções contra o Irã ilustram a preocupação norte-americana com o domínio da tecnologia nuclear, motivo suficiente para uma possível guerra contra os iranianos.
Além disso, o ex-presidente lembrou que uma eventual agressão da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul serviu de pretexto para os EUA manterem suas bases militares no Japão. “É muito curioso que esta suposta agressão tenha coincidido com o pedido do novo líder japonês para devolver o território ocupado em Okinawa pelas tropas norte-americanas”, disse Fidel, de acordo com o jornal cubano Juventud Rebelde.
Após assinalar que os coreanos não vão esperar que os agridam, disse que um primeiro conflito pode desencadear também uma guerra nuclear nessa área. "Seria uma guerra imediatamente depois da outra", agregou, para destacar a gravidade do tema.
Em outra parte da intervenção, revelou que os Estados Unidos gastam, em questões militares, mais recursos que todas as nações do mundo juntas, e os orçamentos de guerra desse país superam em 49% o que foi gasto por Washington em 2000.
Durante a entrevista, Fidel foi acompanhado pelo jornalista Randy Alonso, mediador do Mesa Redonda, pelo historiador Rolando Rodriguez, pelo presidente da Comissão Econômica da Assembleia Popular Nacional e pelo diretor do CNIC (Centro Nacional de investigações Científicas).
No sábado (10), o ex-presidente visitou o CNIC em uma rara aparição pública desde 2006, quando adoeceu. Dois anos depois, Fidel Castro renunciou à presidência cubana por motivos de saúde e seu irmão Raúl Castro oficialmente assumiu o cargo.
Desde então, o ex-presidente abandonou os eventos públicos e limitava sua participação à publicação de artigos no jornal cubano Granma. Fidel também reuniu-se algumas vezes com líderes de outros países e recebeu estudantes, fatos sempre registrados pela imprensa oficial da ilha.
Atualmente com 83 anos, Fidel liderou o Poder Executivo em Cuba durante 49 anos e ainda é o primeiro-secretário do Partido Comunista. As recentes aparições do cubano concidem com a decisão da ilha de libertar 52 presos em 2003, por tentarem derrubar o governo.
Durante sua participação no programa Mesa redonda, Fidel sublinhou que o virtual ataque, para o qual estão concentrados importantes efetivos militares dos EUA e de Israel no Golfo Pérsico, pretende destruir o Irã e se baseia na equivocada teoria de uma ausência de resistência por parte desse povo.
"Fazer um cálculo em cima do pressuposto de que os iranianos vão sair correndo é um verdadeiro absurdo", disse, após recordar a história de luta desta nação e também seus preparativos defensivos durante as últimas décadas. Fidel expressou que, ante os agressivos moivimentos dos EUA e de Israel - "totalmente públicos" -, o Irã adquiriu todas as armas possíveis e milhões de cidadãos integram o grupo Guardiões da Revolução e as forças aéreas, terrestres e marítimas do Exército e da Marinha.
"Estão treinando todas as pessoas maiores de 12 anos e menores de 60, são 20 milhões de muçulmanos xiitas", manifestou, em alusão aos generalizados preparativos do povo para enfrentar uma agressão anunciada.
O líder cubano explicou que assim como a agressão contra um barco sul-coreano supostamente realizada pelos EUA para provocar uma guerra entre as duas Coreias, as sanções contra o Irã ilustram a preocupação norte-americana com o domínio da tecnologia nuclear, motivo suficiente para uma possível guerra contra os iranianos.
Além disso, o ex-presidente lembrou que uma eventual agressão da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul serviu de pretexto para os EUA manterem suas bases militares no Japão. “É muito curioso que esta suposta agressão tenha coincidido com o pedido do novo líder japonês para devolver o território ocupado em Okinawa pelas tropas norte-americanas”, disse Fidel, de acordo com o jornal cubano Juventud Rebelde.
Após assinalar que os coreanos não vão esperar que os agridam, disse que um primeiro conflito pode desencadear também uma guerra nuclear nessa área. "Seria uma guerra imediatamente depois da outra", agregou, para destacar a gravidade do tema.
Em outra parte da intervenção, revelou que os Estados Unidos gastam, em questões militares, mais recursos que todas as nações do mundo juntas, e os orçamentos de guerra desse país superam em 49% o que foi gasto por Washington em 2000.
Durante a entrevista, Fidel foi acompanhado pelo jornalista Randy Alonso, mediador do Mesa Redonda, pelo historiador Rolando Rodriguez, pelo presidente da Comissão Econômica da Assembleia Popular Nacional e pelo diretor do CNIC (Centro Nacional de investigações Científicas).
No sábado (10), o ex-presidente visitou o CNIC em uma rara aparição pública desde 2006, quando adoeceu. Dois anos depois, Fidel Castro renunciou à presidência cubana por motivos de saúde e seu irmão Raúl Castro oficialmente assumiu o cargo.
Desde então, o ex-presidente abandonou os eventos públicos e limitava sua participação à publicação de artigos no jornal cubano Granma. Fidel também reuniu-se algumas vezes com líderes de outros países e recebeu estudantes, fatos sempre registrados pela imprensa oficial da ilha.
Atualmente com 83 anos, Fidel liderou o Poder Executivo em Cuba durante 49 anos e ainda é o primeiro-secretário do Partido Comunista. As recentes aparições do cubano concidem com a decisão da ilha de libertar 52 presos em 2003, por tentarem derrubar o governo.
Com agências
http://www.vermelho.org.br/noticia