Tempestade cigana e outros pesadelos franceses
O tema das expulsões da França das comunidades de gitanos originários da Romênia e Bulgária se convirteu nas últimas semanas em uma pesadelo para o governo, obstinado em manter sua política.
Embora seja previsível que a
Comissão Europeia (CE), o braço executivo da União Europeia (UE),
suavize o ambiente no Conselho Extraordinário dos 27 países membros em
Bruxelas, a tempestade está em desenvolvimento e se tornou um dos
problemas mais complexos para Paris resolver.
A inflexibilidade do presidente francês, Nicolás Sarkozy, em uma estratégia fundamentada em "assuntos de segurança" para “frear a imigração ilegal", recebeu a oposição internacional em todos os níveis.
Mas Sarkozy virou as costas às críticas de escritórios especializados das Nações Unidas, do Vaticano, de Organizações Não Governamentais e até do próprio Parlamento Europeo (PE).
O clima de desqualificações cresceu e às vozes internas da igreja católica, de grupos de defesa dos direitos humanos e intelectuais, se somaram as do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, y da própria CE.A comisária europeia Viviane Reding lançou duras críticas à França pela questão cigana e, mesmo tendo voltado atrás em algumas declarações, deixou claro sua insatisfação com a atitude francesa.
Pior ainda. Quando Sarkozy e seus principaies colaboradores indicavam que nenhum de seus vizinhos ou aliados pôs em questão sua postura, uma fonte do departamento de Estado norte-americano também deplorou a expulsão de ciganos.
Por sua parte, o presidente da Bulgária, Gueorgui Parvanov, também se manifestou contra o projeto da administração francesa e rechaçou o "tom imperativo" com que París pretende dar conselhos a Sófía neste caso."Conhecemos muito bem os problemas relacionados com la etnia romani (ciganos).
É algo acumulado ao longo de vários anos que não se pode resolver de um só golpe e provavelmente serão necessários vários anos mais para sua solução. Mas não com voz voz imperativa", afirmou. Parvanov acrescentou que se entre os ciganos há pessoas que violaram a lei, a informação deve ser tornada pública, "mas em nenhum momento se deve culpar uma pessoa por sua origem".
A Alemania, se por um lado lamentou o discurso da comissária Reding, crispou ainda mais o ambiente ao reiterar que o direito à livre circulação no seio da UE é incondicional e não é permitida nenhuma discriminação contra minorias.
Com o cenário do conflito transferido para Bruxelas por algumas horas, a administração de Sarkozy enfrenta uma verdadeira batalha campal no país, diante da forte oposição da esquerda e dos sindicatos às reformas da lei de aposentadorias. A convocação de outra greve geral para o dia 23 de setembro e o anunciado boicote dos parlamentares socialistas e comunistas às sessões da Asambleia Nacional tornam ainda mais tensa a situação política da França.
A inflexibilidade do presidente francês, Nicolás Sarkozy, em uma estratégia fundamentada em "assuntos de segurança" para “frear a imigração ilegal", recebeu a oposição internacional em todos os níveis.
Mas Sarkozy virou as costas às críticas de escritórios especializados das Nações Unidas, do Vaticano, de Organizações Não Governamentais e até do próprio Parlamento Europeo (PE).
O clima de desqualificações cresceu e às vozes internas da igreja católica, de grupos de defesa dos direitos humanos e intelectuais, se somaram as do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, y da própria CE.A comisária europeia Viviane Reding lançou duras críticas à França pela questão cigana e, mesmo tendo voltado atrás em algumas declarações, deixou claro sua insatisfação com a atitude francesa.
Pior ainda. Quando Sarkozy e seus principaies colaboradores indicavam que nenhum de seus vizinhos ou aliados pôs em questão sua postura, uma fonte do departamento de Estado norte-americano também deplorou a expulsão de ciganos.
Por sua parte, o presidente da Bulgária, Gueorgui Parvanov, também se manifestou contra o projeto da administração francesa e rechaçou o "tom imperativo" com que París pretende dar conselhos a Sófía neste caso."Conhecemos muito bem os problemas relacionados com la etnia romani (ciganos).
É algo acumulado ao longo de vários anos que não se pode resolver de um só golpe e provavelmente serão necessários vários anos mais para sua solução. Mas não com voz voz imperativa", afirmou. Parvanov acrescentou que se entre os ciganos há pessoas que violaram a lei, a informação deve ser tornada pública, "mas em nenhum momento se deve culpar uma pessoa por sua origem".
A Alemania, se por um lado lamentou o discurso da comissária Reding, crispou ainda mais o ambiente ao reiterar que o direito à livre circulação no seio da UE é incondicional e não é permitida nenhuma discriminação contra minorias.
Com o cenário do conflito transferido para Bruxelas por algumas horas, a administração de Sarkozy enfrenta uma verdadeira batalha campal no país, diante da forte oposição da esquerda e dos sindicatos às reformas da lei de aposentadorias. A convocação de outra greve geral para o dia 23 de setembro e o anunciado boicote dos parlamentares socialistas e comunistas às sessões da Asambleia Nacional tornam ainda mais tensa a situação política da França.
Com informações de Prensa Latina