sexta-feira, 14 de maio de 2010


Arquivo UCE
  Estudantes ocupam as ruas de Florianópolis contra aumento da tarifa do ônibus

   SC: milhares continuam nas ruas        contra aumento de passagem         

Milhares de estudantes protestaram mais uma vez em Florianópolis contra os abusivos aumentos de passagem de ônibus - que passou de R$ 2,80 para R$ 3,12. A cidade tem histórico de grandes mobilizações juvenis quanto a sensível questão do transporte público, as chamadas "Revoltas da Catraca". Diante do aumento de 12%, estudantes organizaram uma série de protestos, que devem continuar nesta sexta-feira (14/5).


Depois de quase 11 horas de protesto, os estudantes encerraram as manifestações, no Centro de Florianópolis na quinta-feira (13/5). Eles pedem a redução da tarifa do transporte coletivo.

Por volta das 21h, as cerca de 250 pessoas que permaneciam no Terminal Integrado do Centro (Ticen) dispersaram depois de anunciar que nesta sexta-feira os protestos continuam.

O protesto, que começou no fim da manhã desta quinta-feira em frente ao Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf) contou com estudantes acorrentados, manifestações artísticas como futebol e cabo de guerra.

O vice-prefeito da Capital, João Batista Nunes (PR), foi ao encontro dos manifestantes que estavam no Setuf à tarde. Por volta das 17h, foi entregue ao comando dos estudantes a planilha de custos do transporte coletivo da Secretaria de Transportes e do Ministério Público.

Após o recebimento do documento, os manifestantes começaram o protesto na avenida Paulo Fontes e seguiram em passeata pelas ruas da Capital por volta das 18h.

O último ato foi em frente à prefeitura de Florianópolis, onde foi encenado o enterro do transporte coletivo "privado". Manifestantes usaram apitos e reivindicaram pela redução do preço na passagem de ônibus.

Revolta da Catraca


A primeira "Revolta da Catraca" ocorreu em 2004 também pedindo redução da passagem. Na ocasião, milhares de pessoas, de diversos segmentos sociais, foram às ruas, fecharam as pontes que ligam a ilha ao continente, realizaram assembleias, enfrentaram a polícia, até que conseguirem que a tarifa retornasse ao preço anterior.

Em 2005, o aumento se repetiu e as mobilizações também, com mais intensidade e mais impacto sobre a cidade. A tarifa de novo foi reduzida.

Fonte: UJS