Na minha sala de aula aluno não faz o que quer... não usa celular, não fuma maconha, na tira a camisa, não joga baralho, não entra sem material escolar, não entra de biquini ou sunga, shortinho desfiado, minissaia, regata fitness e quinquilharias mais.
A sala de aula tem que ser terra sagrada, trincheira para soldados que sonham e dispostos a vencer, para mestres que ensinam e mestres que aprendem, replicam e aperfeiçoam o mestre. É lugar para revolucionar a dúvida e levantar colunas de certeza, prévias, frágeis flexíveis aos ajustes e aperfeiçoamento do tempo. Quem não esta disposto a permanecer ali não deve ser forçado, por isso convidados a ser retirar.
A democracia não é só direito a escolha, mas também o dever de indicar o caminho aos que ainda não sabem, não querem ou relutam assimilar alimentando-se de suas contradições - por si mesmos ou por conveniência dos país e responsáveis.
Na minha sala de aula, país irresponsáveis, diretores incompetentes, gestor pedagógico de delinquente classe média ou revoltado inconsequente não tem poder de decisão, de imposição.
Eu simbiose professor e aluno sou o centro do interesse dos que querem apreender e não dos que se negam entender e acham que é local de desfile de tipinho, Lan house de celulares, acadêmia para corpinhos definidos a exposição, passarela de moda, vale da fumacinha ou cheirinho, ante-sala do hedonismo e orgias de corpos cobertos de desejos e cabeças nuas de valores e limites.
Se querem é assim, não dependo de estar ali, dependo dos que querem estar ali e por esses eu renuncia o que necessário for e enfrento os desafios que muitos procuram correr. Na minha sala de aula eu sou a defesa dos que querem aprender e me ensinar.
Neuri A. Alves - Professor, Pesquisador e Assessor de Formação e Educação Popular