quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O SÉTIMO DIA NA DEMOCRACIA CHAPECOENSE

“No Sétimo dia da Democracia eu vou votar pela vida!” 

Se passaram 3 meses de campanha eleitoral nesta cidade de Chapecó. Campanha aberta para o poder em vigência no governo e supervisionada coercitivamente a todos que se manifestaram contra o sistema implantado na cidade de Chapecó, pelos aparelhos jurisprudente, coercitivo e governamental. Engana-se todo e qualquer cidadão que pensa que somente as câmaras de vigilância implantada na cidade como suposto grande investimento estão vigiando sua vida pessoal.

O aparelho implantado na cidade ‘sitiada’ pelo medo é muito maior do que se pensa. Aqui todos, e qualquer tentativa de se rebelar contra toda e qualquer forma de injustiça esta proibido, tanto pela coerção nos bastidores da vida social e como nas decisões endossadas pelo que um dia poderíamos ainda conceituar de justiça. 

Aqui o uso do direito democrático como liberdade de se manifestar contra qualquer ausência de Estado se tornou um ingrediente para você ser colocado na lista de ‘quarentena’, ou seja dos que precisam ser vigiado, por serem visto como perturbadores da vigente e suja ordem social. 

Aqui a democracia foi sepultada no assassinato do Vereador Marcelino ano passado. Prova disso é que 10 meses depois continuamos velando a inércia aparelhada da justiça, a ironia bizarra e destemida nas rodas dos poderosos e o silêncio cronometrado da inerte justiça. Para além da possibilidade de começarmos a nos perguntar: “existimos mesmo como cidadão livres ou coercitivamente passamos a funcionar como marionetes no grande jogo dos interesses sujos da política local?” 

Até quando professores continuaram agindo como marionetes deste sistema excludente de formação dos cidadãos, para agirem apenas como sujos escudos do poder vigente acreditando fragilmente que estão protegidos na própria ignorância? Até quando as universidades comunitárias continuaram funcionando apenas como máquinas de caça moedas e para assumirem a necessária condição de revolucionar consciência? Até quando os suposto intelectuais que nos bastidores da vida acadêmica fazem calorosas discussões a cerca dos problemas sociais, mas dentro das salas de aula e seus laboratórios de pesquisas ficam silenciados em suas ordens didáticas, vencidas e inertes? 

Até quando continuaremos velando nossa própria ignorância, sepultando as luzes da mudança em troca do medo de propor o rompimento com os sistemas que oprimem. Delatando nossas esperanças e dilatando a sensação do medo. 

Neste 'Sétimo dia' da fragilizada Democracia Chapecoense   eu vou dar um voto pela vida! E você? 

Neuri Adilio Alves
Filósofo, Professor Pesquisador 
Graduado Pela PUC Curitiba, Especialização PUC Campinas.