Wikileaks vaza vídeos que mostram crimes de guerra no Afeganistão
Nesta segunda-feira (25) ocorreu o que se tem chamado na mídia de "uma das maiores fugas de informação de inteligência militar da História. O site Wikileaks, que se transformou no principal meio para divulgar os excessos militares, repassou uma informação a três meios de comunicação ocidentais — The Guardian (britânico), Der Spiegel (alemão) e The New York Times (Estados Unidos) — que envolve tropas americanas.
A maciça quantidade de informações
que o site abarca desde janeiro de 2004 até dezembro de 2009 e o teor
delicado do conteúdo converte a divulgação em um incidente de vazamento
de informações mais importante dos tempos modernos.
As ações detalhadas de mais de 90 mil incidentes publicados envolvem militares americanos, forças da Otan, tropas britânicas, francesas e polonesas e expõem um cenário sombrio e pouco convincente em relação aos "avanços" que, segundo o governo americano, teriam ocorrido no Afeganistão.
Segundo esses três meios de comunicação, entre as ações secretas mais delicadas que vieram à tona estão:
A divulgação desses documentos acontece em um momento tenso, já que aumentou a dúvida sobre a viabilidade da guerra no Afeganistão entre o público americano e certos setores do Congresso, que há pouco aumentaram ainda mais com a renúncia do comandante das tropas no Afeganistão, Stanley McChrystal. A própria existência dessa guerra e os métodos de contra-guerrilha estarão na mira de um questionamento mais profundo.
A reação da Casa Branca foi de criticar a publicação pelo Wikileaks, alegando que a divulgação dessa informação de inteligência coloca em perigo seus efetivos no Afeganistão e também a sua segurança nacional. O governo americano não fez nenhum esforço para ocultar o que é agora uma aberta perseguição aos criadores e informantes do Wikileaks.
A Wikileaks colocou novamento o governo dos Estados Unidos na defensiva com esse vazamento de documentos secretos, desta vez relacionados com a ocupação do Afeganistão. O fundador do site, Julian Assange, explicou sua decisão de publicar os documentos como parte da obrigação de "bom jornalismo", que deve se encarregar de desmascarar os "abusos daqueles no poder" e que esses documentos iluminam "a verdadeira natureza da guerra", para que o público "no Afeganistão e em outros países conheçam a verdade e possam assim lidar com este problema".
Os incidentes redigidos em códigos e jargões militares detalham desde assassinatos de civis até uma quantidade inusual de incidentes de "fogo amigo", passando por numerosos incidentes de fogo entre tropas do Afeganistão e das forças de ocupação.
O arquivo completo está disponível para se baixar a partir da página da Wikileaks (no momento de publicação deste texto, o site estava indisponível).
As ações detalhadas de mais de 90 mil incidentes publicados envolvem militares americanos, forças da Otan, tropas britânicas, francesas e polonesas e expõem um cenário sombrio e pouco convincente em relação aos "avanços" que, segundo o governo americano, teriam ocorrido no Afeganistão.
Segundo esses três meios de comunicação, entre as ações secretas mais delicadas que vieram à tona estão:
- A existência de uma unidade especializada (paramilitares) em assassinatos de líderes talibãs e guerrilheiros sem nenhum julgamento ou tribunal.
- Centenas de incidentes nos quais civis acabam mortos ou feritos por causa das tropas invasoras.
- O uso crescente de dispositivos letais de controle remoto por parte da coalizão.
- Comos os EUA ocultaram a aquisição de mísseis terra-ar por parte das forças talibãs.
- A falta de cooperação dos militares do Paquistão na luta contra os guerrilheiros que os EUA estão combatendo e até a participação direta deles no auxílio a esses guerrilheiros.
- O ocultamento sistemático dos assassinatos de civis inocentes por parte das forças de ocupação.
A divulgação desses documentos acontece em um momento tenso, já que aumentou a dúvida sobre a viabilidade da guerra no Afeganistão entre o público americano e certos setores do Congresso, que há pouco aumentaram ainda mais com a renúncia do comandante das tropas no Afeganistão, Stanley McChrystal. A própria existência dessa guerra e os métodos de contra-guerrilha estarão na mira de um questionamento mais profundo.
A reação da Casa Branca foi de criticar a publicação pelo Wikileaks, alegando que a divulgação dessa informação de inteligência coloca em perigo seus efetivos no Afeganistão e também a sua segurança nacional. O governo americano não fez nenhum esforço para ocultar o que é agora uma aberta perseguição aos criadores e informantes do Wikileaks.
A Wikileaks colocou novamento o governo dos Estados Unidos na defensiva com esse vazamento de documentos secretos, desta vez relacionados com a ocupação do Afeganistão. O fundador do site, Julian Assange, explicou sua decisão de publicar os documentos como parte da obrigação de "bom jornalismo", que deve se encarregar de desmascarar os "abusos daqueles no poder" e que esses documentos iluminam "a verdadeira natureza da guerra", para que o público "no Afeganistão e em outros países conheçam a verdade e possam assim lidar com este problema".
Os incidentes redigidos em códigos e jargões militares detalham desde assassinatos de civis até uma quantidade inusual de incidentes de "fogo amigo", passando por numerosos incidentes de fogo entre tropas do Afeganistão e das forças de ocupação.
O arquivo completo está disponível para se baixar a partir da página da Wikileaks (no momento de publicação deste texto, o site estava indisponível).
Da redação, com informações da revista Amauta.
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