sexta-feira, 19 de outubro de 2012

UM CÁLICE DE NOVA E COERENTE ALIANÇA

"Senhor Deus confesso que estou curioso para contar os magoados comigo!"



Como não mando dizer e conheço quase 100% dos operários da vinha burguesa pertencente a grande multinacional da fé aqui na diocese de Chapecó, preciso abrir a caixa de pandora e libertar os aprisionados espirítos também. O próprio o evangelho me provoca ao me servir com a 'palavra viva descida do céu': “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, por isso como estou em processo de libertação preciso dizer que muitos padres precisariam mais do que alguns dias de retiro espiritual. Precisariam sim, de um banho de conteúdo, de estudos, de hermeneutica e exegese bíblica, precisariam de um banho de suma teológica e um tornado de moralidade.

Necessitariam sim de muitas quaresmas num ano para penitenciar-se a si mesmos, antes de cobrarem dos cristãos o compromisso com os sacramentos. Afinal incoerência começa quando não mais respeitam o próprio celibato e pra piorar ainda mais, passam a invadir a privacidade da vida conjugal de algumas pessoas. Isso quando não nos salta o desejo de tornar publico certos comentários nos bastidores de bairros e comunidade sobre separação de famílias, recriando aqui na terra (melhor nas comunidades e bairros) uma espécie de Showroom filial do inferno. Coerência meus caros, começa com exercício de espiritualidade pessoal. A algo cada vez mais raro de sentir quando rezam nos altares e muito menos quando balbuciam algum conselho. As pessoas chegam frias as celebrações e voltam geladas pra casa, um dura realidade externada no sentimento de meu grande conhecido, o coerente Pe. Luis Mosconi quando o mesmo disparou: 'em nossas celebrações estamos precisando modificar a benção final, ao invés de dizermos "Ide em paz que o senhor vos acompanhe, precisamos dizer ide em paz e que o Senhor vos alcance”, dado tamanha a pressa que o povo manifesta no fim das frias celebrações! 


Tenho muitos colegas padres aqui, e pelo brasil, sem contar os que hoje estão pelo mundo como na Africa; China; Colombia; Bolivia; Nova Zelândia entre outros. O fato é que sei muito das atitudes e ações de alguns, principalmente os que vivem mais próximos de mim. Sei tanto das belas atitudes como das putrefatas também. Por isso a “moral do cagaço” comigo não tem cadeira cativa, mas apenas alambrado. Estes lixos de pregação que usam nos altares da falsidade moral para mim não passa de resquícios do lixo imoral que existe escondido na suja alva branca ostentada nos celebrativos altares do povo inocente. E não será proibindo bailes em salões de Bairros/Comunidades que vão lavar as manchas do erro e dos vossos pecados cometidos como ritual celebrativo de cada dia. 


Que glorificada sejas a coragem de quem precisa falar, mesmo que aos olhos da imoralidade justificada isso não passe de uma blasfêmia comunista de quem como eu já se “RETIROu” da fila onde antes serviam a ceia imoral. Mas que antes da retirada fiz questão de tomar deste “cálice da nova, justa e libertária aliança assumida comigo mesmo pela remissão do silêncio antes servida a mim. Só espero que os mesmos pregadores, formados nos antigos e ainda novos CTPLs que levianamente atiram pedras no filósofo Nietzsche o chamando de 'moralista imoral' não sejam os primeiros a esbravejar uma adaptada máxima Sartreana e dizer: 'o Inferno é o Neuri, que me olha, me julga, e tenta manchar minha imoral liberdade de pecar'. Que os deuses da filosofia me absolvam no areópago do tempo, porque nos confessionários da santa madre eu to lascado. Amém!

Neuri Adilio Alves
Humano - Filósofo - Pecador 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

PROFESSOR PROVOCAÇÃO

Dia 5 de outubro, Dia Mundial do Professor. Dia 15 de outubro, Dia Nacional do Professor. Mês ideal para prestigiar o professor, valorizá-lo, provocá-lo. 

Provocar o professor é despertar nele um provocador social, cultural, educacional. Um dos maiores atores brasileiros, Antônio Abujamra, é um professor atuando em seu programa Provocações, da TV Cultura. Seu rosto, tomando a tela inteira, declama (reclama) poemas provocadores. Ele não entrevista quando entrevista. Ele não recita enquanto recita. Ele interpreta como nunca. 

Ele finge, fingindo que não está fingindo. Ele improvisa o ensaiado. Ele provoca por vocação. Ele faz televisão sem dar bola para o Ibope. Ele ensina muito sem muito parecer ensinar. Na docência, como na arte em geral, não bastam as boas intenções para realizar um bom trabalho. É preciso, como dizia a antropóloga norte-americana Margaret Mead, que o professor, diante dos alunos, evite as respostas simplistas, padronizadas, “honestas”, e suscite a verdadeira reflexão. 

O professor provocação atua na sala de aula como se estivesse no palco. E ultrapassa os métodos educativos convencionais para atingir o mais tradicional (e teatral) dos objetivos pedagógicos: ensinar-nos a ver o mundo com novos olhos. 

O professor provocação não obriga ninguém a lutar ou discutir, mas nos desafia a entrar na grande briga contra o comodismo emocional, a preguiça mental, a inércia existencial. 

O professor provocação não insulta, não afronta, não ofende, mas enfrenta e nos ajuda a enfrentar todo e qualquer vestígio de covardia intelectual, de vaidade verbal, de curiosidade caricatural. 

O professor provocação não adota atitudes petulantes ou irreverentes, mas só a sua presença já causa reações, estimula, faz pensar e viver com mais intensidade, afinal. 

O professor provocação, como todo artista, não nasce pronto. Precisa desenvolver sua aptidão para perguntar o irrespondível e responder o imperguntável. 

O professor provocação não perde tempo com a chamada, sua aula arde em chamas, queima cadernos, canetas, livros, e todos os recursos audiovisuais. 

O professor provocação não sabe aplicar provas, mas, ao provocar, reprova tudo aquilo que é mediocridade, falta de imaginação, desinteresse pelo que realmente importa. Mês de outubro é hora de provocar o professor. Para que saia da toca, para que venha à luz, para que, provocando por profissão, provoque as autoridades, e todos possamos fazer muito mais por nós mesmos e pelo país. 

Gabriel Perissé é doutor em Filosofia da Educação pela USP e coordenador pedagógico do Ipep (Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa).

domingo, 14 de outubro de 2012

FÉ - O NOSSO VIOLENTADO CRISTO DE CADA DIA

“Ter fé é dançar na beira do abismo.” 
Friedrich Nietzsche

Me perdoem mas preciso atirar algumas pedras! Me julguem os doentes, os facinoras, os iludidos e enganados de algumas igrejas do movimento Evangélico e Pentecostal e porque não dizer também Movimento Carismático Católico aqui de Chapecó. Abram seus ouvidos, agucem a memória e escondam ainda mais a falta de vergonha, porque eu vou provocar o debate. Ao seus olhos poderei violentar o que vocês chamam de Fé nos altares da mentira e eu chamo de imoralidade no caminho da razão. Escutai-vos: ... há décadas que estudo a relação necessária da espiritualidade humana como necessidade antropológica, sabendo a extensão do que isso significa no campo e visão antropossocial, filosófica, histórica e existencial de nossa trajetória como matéria cósmica; … há décadas que estou mergulhado no grande lamaçal de estudos conceituais exegético e hermenêutico da Fé; … do mesmo modo que há décadas analiso o inflacionado crescimento do cretino mercado (sim eu disse mercado) da fé em Chapecó. Que lixo! ... que nicho! … que vergonha. E e se Ele realmente existe, que tapa no rosto de “Deus”!

Começo meu análise por dizer que poucos empreendimentos cresceram tanto por aqui como as Igrejas em nossa cidade. O mercado de expulsões de demônios esta em voga. Esta grande feira de libertação virou febre; … virou um grande parque de descarrego, um ilustre anfiteatro de 'catarse' da falsa pureza. Estamos vivendo um 'Pentecostes' por manhã com línguas de fogo e tudo mais; uma páscoa por hora com morte e ressurreição e um  Apocalipse por dia aqui na cidade. A demanda por expulsões de demônios se tornou tão grande que já se teme a falta destas forças malignas para tantos especialistas. Não é absurdo afirmar e propor que se alguém aproveitar para montar um fábrica de demônios me larga escala tem tudo para um negócio de alta rentabilidade. É o capitalismo nos devorando pela espiritualidade, pelas fragilidades imaturas da consciência. É 'Deus' sendo “coisificado” nos altares da futilidade. Nas assembleias de mentirosos pregadores, papagaios de capítulos e versículos bíblicos decorados no grande teatro da vida infame. É o filósofo Nietzsche rindo a toa neste grande calçadão das frágeis e vazias crenças da urbe cristã, … é o 'Pão Nosso' de cada dia sendo devorado pelos ratos de plantão; … é o 'Pai Nosso' que estava no céu, trazido a terra sendo pisoteado pelas mentiras teatrais dentro de algumas igrejas.

Então meus caros elevai-vos comigo as antigas portas para que a verdade enfim possa entrar. Pois neste ano eleitoral  vocês que cretinos que tanto atiram pedras nas imagens dos santos católicos; mas celebraram durante três meses o Pão e Circo Eleitoral em vossas igrejas. Servindo como 'Ceia Fascista' na entrada e faixada de seus mercados da fé grandes placas e faixas de apoio ao candidato a prefeito eleito de Chapecó. Suas fúteis e vazias pregações voltadas ao apoio do demônio transformado em Deus desde o ano de 2004. Quantos cidadãos iludidos, devorados pelo canibalismo da crença vazia! Pelos fragmentos bíblicos decorados e repetidos como mantras durante seus ridículos cultos de gritaria e erudição da mentira promovidos por vós.

Quem de vós tereis a mesma capacidade de enganar para me provar o contrário? ...onde esta a verdadeira obra de transformação de vós mentirosos de plantão, charlatões da vida social, assaltantes da espiritualidade alheia; mascates das coletas financeiras, afilhados do governo local. Quem de vós que estais a direta do mal (eu disse a direita) poderá dizer o contrário? Quem de vós cidadãos enganados já fez uma exame de consciência e inteligência para se dar conta de que os demônios usam microfones no altares, para lhes ludibriar e fazer a coleta de seus medos, de suas fragilidades? Quem de vós frequentadores me convencerás da existência do diabo para além dos mentirosos que são vosso pregadores? Quem de vós vai procurar entender o que o filósofo descendente de Davi quis dizer quando flechou esta afirmação milenar já talhada como oráculo no templo de Delfos por 'Oh homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo!'; mas transcrita no evangelista São João 8:32, como: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” … porque nesta ceia dos iludidos todos tem tomado como vinho o Veneno da ilusão e se saciado com o 'Pão morto' amassado na terra! 


Neuri Adilio Alves
Filósofo, Professor Pesquisador
Graduado PUC Curitiba/PR 

Esp.PUC Campinas/SP


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CHAPECÓ - A VERGONHA PÓS ORGIA DEMOCRÁTICA



“Virou prostituição, virou banca de negócios, virou feira da cretinice; virou divã da justificativa.”

O que mais dizer dos que justificam ter negociado seu voto na grande quitanda eleitoral a troco de vale gasolina; placa na casa; adesivo no carro; exame médico; consulta; cesta básica; prótese e pilantragem? O que dizer dos ridículos universitário falidos de justificativas, famintos de cultura ostentando seus carros adesivados, turbinados pelo combustível da contradição? O que dizer de futuros advogados fazendo o papel de pervertores do legalismo eleitoral e vendendo o voto na bacanal grande feira da democracia vencida, da ética falida e a legalista moral falecida? O vigente, o futuro, o possível e real lixo legalista nosso de cada dia!

O que esperar do futuro que tanto se fala, numa cidade que se cala pra verdade dos fatos e se abre a vergonha prostituída dos valores elementares que possibilitariam a solidificação não só da democracia mas de todos os fundamentos que regem mudanças importantes na ordem social? Aqueles que possibilitam os avanços no campo da acessibilidade, que constam como direito sagrado de cada cidadão, na liberdade de se expressar, no direito de revindicar; na certeza de que será atendido.

O que dizer dos envergonhados que iniciaram a semana derrubando as placas de meio salário minimo; limpando os para-brisas de duzentos reais; os para-choques de cinquenta reais e as plotagens de um salário minimo? O que dizer dos envergonhados no reencontro com o amigo de consciência tranquila? ... enquanto os mesmos parecem angustiados a espera que quatro anos passem logo para novamente oferecer sua prostituída consciência no feirão do “quem paga mais” me leva como outdoor?

O que dizer da ressaca dos desvalidos, que entraram a noite comemorando a vitória da elite excludente que não lhes pertence e acordaram madrugada a dentro numa fila de posto de saúde para pegar ficha de ginecologista, dentista; oftalmo, clinico geral etc etc... única realidade que lhes pertence?

O que dizer dos comissionados envaidecidos pelo triunfo do rombo nos cofres públicos, mas nervosos a espera da confirmação de que ainda permaneceram sugando a máquina pública? O que dizer das centenas de secretários, diretores e escalonados dos altos salários, inquietos na incerteza dos valores que ainda podem colocar nos bolsos sem a efetiva fiscalização do legislativo pelo menos até dezembro?

O que dizer daquele que fantasiou-se de pequeno para engolir o cérebro medíocre de seu rebanho de mentes degradadas, coreografando os idiotas de novo como num grande baile a fantasia, e cada um com suas máscaras figurando personagens de mediática ilusão? Que nada! Mais cedo ou mais tarde chegam as tempestades que varrem sujeiras, derrubam supostas fortalezas e trazem novos ares aos campos um dia povoados pela ignorância desordenada e degradada pelo acúmulo de resíduos incompatíveis com a realidade local, real e desnuda.

Eu... eu renovei minhas convicções, … reforçarei minha visão, … afiarei ainda minhas palavras, … povoarei ainda mais minha mente de idéias; … recriarei os dias com certezas, … iluminarei minhas noites sem os segredos da antiética; e recomeçarei todas as manhas convicto de que o tempo da mudança vai chegar. Com ele imensos containers da ética para levar os resíduos sólidos da suja politica estocada por aqui. Porque eu continuarei como a coruja: “vendo tudo, escutando muito e piando pouco... mas piarei com conhecimento de causa, porque minha consciência não tem preço, validade e gosto. Ela é feita de convicção e centenas, milhares de horas de estudos que me trouxeram até aqui! E você?

Neuri Adilio Alves

Filósofo, Professor Pesquisador 
Graduado Pela PUC Curitiba, Especialização PUC Campinas.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

CHAPECÓ - A MISÉRIA COMPLEXADA DE MEUS CONHECIDOS E AMIGOS


A pior das misérias é a que pertence aos que se acham “instruídos”, os que sofrem da SINDROME DA GRANDEZA, os que nada tem, mas querem fazer parte dos grupo dos que tudo tem; ... os que buscam fugir a todo custo dos complexos de sua inferioridade Econômica e Social. Os que querem fazer parte da burguesia que os consome pela pior forma de alienação, que é a sua “coisificação”, a compra de sua consciência como produto bruto na feira suja de uma campanha eleitoral!

O fato é que aqui em Chapecó tenho muitos conhecidos, alguns que até daria para considerar como amigos. Muitos destes não tem CASA pra morar, vivem de aluguel, isso quando conseguem fiadores, pois caíram no descrédito com todas imobiliárias e conhecidos como mal pagadores. 

O cômico nisso tudo é que desde 2004 ainda não ganharam nenhuma casa de seu candidato a prefeito até porque ainda não foi feito nenhum projeto habitacional em Chapecó. São pobres ASSALARIADOS que vivem no limite da sobrevivência, mas fazem fervorosa defesa da turma do Zé Caramori, pelas ruas, e aqui na internet. Só não mexem comigo pelos parcos recursos de argumentação que possuem. Retrato míope da visão que tem da realidade social presente na cidade. 

São tão covardes consigo mesmo a ponto de se esconder no Ego vazio das próprias frustrações, fazendo jus a universal afirmação de Bertolt Brecht sobre “PIOR ANALFABETO POLITICO”, e nos incitando a deixar algumas perguntas como: 

- Que vocês farão após as eleições sem os churrascos de compra de voto? 

- Que vocês farão sem as cervejas pagas no mercado inflacionado do voto? 

- Que vocês farão com seus carros financiados sem a gasolina trocada pelo voto sujo? 

- Que vocês farão com a vergonha de suas consciências sujas no ataque a democracia? 

- Que vocês farão sem as velhas tetas dos mascates eleitorais? 

- Que vocês farão sem a presença dos seus urubus eleitorais devorando sua parca e porca dignidade? 

- Que vocês farão com a ignorância ainda maior acumulada após a eleição? 

- Que vocês farão com o aluguel atrasado do mês sem moradia? 

- Que vocês farão? 

- Que vocês ??? 

- Que ?? 

?? 

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Neuri Adilio Alves

Filósofo, Professor Pesquisador 
Graduado Pela PUC Curitiba, Especialização PUC Campinas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O SÉTIMO DIA NA DEMOCRACIA CHAPECOENSE

“No Sétimo dia da Democracia eu vou votar pela vida!” 

Se passaram 3 meses de campanha eleitoral nesta cidade de Chapecó. Campanha aberta para o poder em vigência no governo e supervisionada coercitivamente a todos que se manifestaram contra o sistema implantado na cidade de Chapecó, pelos aparelhos jurisprudente, coercitivo e governamental. Engana-se todo e qualquer cidadão que pensa que somente as câmaras de vigilância implantada na cidade como suposto grande investimento estão vigiando sua vida pessoal.

O aparelho implantado na cidade ‘sitiada’ pelo medo é muito maior do que se pensa. Aqui todos, e qualquer tentativa de se rebelar contra toda e qualquer forma de injustiça esta proibido, tanto pela coerção nos bastidores da vida social e como nas decisões endossadas pelo que um dia poderíamos ainda conceituar de justiça. 

Aqui o uso do direito democrático como liberdade de se manifestar contra qualquer ausência de Estado se tornou um ingrediente para você ser colocado na lista de ‘quarentena’, ou seja dos que precisam ser vigiado, por serem visto como perturbadores da vigente e suja ordem social. 

Aqui a democracia foi sepultada no assassinato do Vereador Marcelino ano passado. Prova disso é que 10 meses depois continuamos velando a inércia aparelhada da justiça, a ironia bizarra e destemida nas rodas dos poderosos e o silêncio cronometrado da inerte justiça. Para além da possibilidade de começarmos a nos perguntar: “existimos mesmo como cidadão livres ou coercitivamente passamos a funcionar como marionetes no grande jogo dos interesses sujos da política local?” 

Até quando professores continuaram agindo como marionetes deste sistema excludente de formação dos cidadãos, para agirem apenas como sujos escudos do poder vigente acreditando fragilmente que estão protegidos na própria ignorância? Até quando as universidades comunitárias continuaram funcionando apenas como máquinas de caça moedas e para assumirem a necessária condição de revolucionar consciência? Até quando os suposto intelectuais que nos bastidores da vida acadêmica fazem calorosas discussões a cerca dos problemas sociais, mas dentro das salas de aula e seus laboratórios de pesquisas ficam silenciados em suas ordens didáticas, vencidas e inertes? 

Até quando continuaremos velando nossa própria ignorância, sepultando as luzes da mudança em troca do medo de propor o rompimento com os sistemas que oprimem. Delatando nossas esperanças e dilatando a sensação do medo. 

Neste 'Sétimo dia' da fragilizada Democracia Chapecoense   eu vou dar um voto pela vida! E você? 

Neuri Adilio Alves
Filósofo, Professor Pesquisador 
Graduado Pela PUC Curitiba, Especialização PUC Campinas.

A JUSTIFICATIVA DO CULPADO – NO GOVERNO DOS GRANDES

"A principal e mais grave punição para quem cometeu uma culpa está em sentir-se culpado." (Sêneca) 
Ao longo de minha vida seminarística e acadêmica aprendi algo especifico e muito explicativo. Tudo o que provoca uma justificativa é porque se tem uma parcela de culpa. Esta ridícula nota do Jornal Folha de Chapecó referente às PESQUISAS ELEITORAIS nada mais é do que um ATESTADO DE CULPA oficializado. Pena que aqui perdura a falsa impressão ou tentativa de colocar guela abaixo do povo a ideia de que as pessoas tem pouca inteligência, que ainda é possível acreditar que um Jornal iria tirar de seus próprios acúmulos para fazer pesquisas gratuitas de informação ao eleitor, muito parecido com a Folha de São Paulo que na campanha a presidência a direita seus muitos ladrões patrocinavam publicações facista contra a então candidata Dilma. 

O povo chapecoense ou parte dos que querem enxergar sabem que palavras como “contratradas” não passam de expressões da hermeneutica linguística de cunho jurídico/logístico/morfológico. E que explicações em relação a mesma nem sempre significa reflexo efetivo de determinada causa. Neste caso os supostos investimentos da rede para bancar as tendenciosas pesquisas justificadas como investimento interno do determinado veículo de comunicação. Basta rememorar o ultimo debate e saber o por que o candidato da especifica rede já sabia dos fabricados resultados da Pesquisa que seria publicada no dia Seguinte. Uma vergonha, em rede aberta. E ainda se fala da modista expressão do ‘comportamento e compromisso com a ética informativa’. É o ovo da serpente sendo chocado pela força do maior investimento financeiro, neste universo dos textos pagos. 

Aos meus amigos, lideres sindicais, professores, alunos, microempresários entre outros como escolástico que sou, faço uso aqui da determinação Tomista: “para se evitar um mal maior será sempre licito cometer um mal menor”; porque em Tomás a escolha do mal menor será sempre lícita quando não existe nenhuma outra alternativa possível e se os males em questão são inevitáveis; é lícito então escolher entre eles o mal menor. Em nosso especifico caso o mal menor é espalhar a idéia de que a melhor resposta que podemos dar, é fazer uso de nossa postura ética, cancelando assinaturas dos jornais da referida rede, pois aquilo que não nos acrescenta precisa ser colocado na vala comum do desapego. 

Chega de ficar subsidiando com publicações ou assinaturas veículos da desinformação e deformação de consciência das pessoas. É hora de revolucionar nossas atitudes, dando um basta aos inimigos da democracia e do livre direito a verdade. Para reafirmar meu mestre Tomás de Aquino : “de bono et malo in actionibus oportet loqui sicut de bono et malo in rebus.” (Deve-se falar do bem e do mal nas ações, como do bem e do mal nas coisas, porque cada coisa age como é.) Sumula Teológica Volume III. Não podemos continuar alimentado a fragilidade de uma imprensa que se diz informativa mas que age com as facetas de democracia peripatética no universo da informação intra-ideológica. 


Neuri Adilio Alves
Filósofo, Professor Pesquisador 
Graduado Pela PUC Curitiba, Especialização PUC Campinas.