sexta-feira, 9 de agosto de 2013

SAÚDE É PAZ

Por Jaime Sautchuk

"(...) saúde, além de ser um direito de todos, estejam onde estiverem, é fator de bem-estar social e significa paz."

Outro dia, em meio aos embates sobre as reformas que o governo federal pretende fazer no campo da saúde do País, aceitei encarar um exercício simples, mas muito expressivo, chocante até. Foi uma passada de olhos nas fotos das turmas de formandos em Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), nos últimos 20 anos.

A sociedade baiana é a que tem maior densidade de negros, ou afrodescendentes, entre todas as unidades da federação. Ao visualizarmos as fotos, contudo, o que chama a atenção na lata é a quase completa ausência de rapazes e moças negras nas fulgurantes turmas de formandos.

Fica claro, pois, tratar-se até os dias atuais de um privilégio de branquelas, filhos de gente rica, jovens que no mais das vezes cursam o ensino fundamental e médio em colégios privados, com reforços de cursinhos preparatórios. E entram em universidadespúblicas. Mas isso vem de longe.

A Medicina da UFBA é o primeiro curso de ensino superior do Brasil. Foi criado por D. João VI, quando da chegada da família real ao Brasil, e funciona desde 18 de fevereiro de 1808. Formava, já no seu nascedouro, filhos da aristocracia e, depois, da surgente burguesia brasileira. O mesmo processo se deu no resto do país, ao longo da história, pois assim sempre formamos os profissionais da Medicina.

Isso explica as distâncias que existem em nosso sistema de saúde, a começar pelo acesso do cidadão a esses serviços, já que os médicos formados vão, na maioria, para o setor privado. Vão cuidar da sua vida. Embora boa parte descambe para a pesquisa e para a Medicina de ponta, esta também acaba servindo a poucos. Explica, de igual modo, a maior parte das posições que temos visto nas mais diversas manifestações desses profissionais, contrárias aos acenos de mudanças que surgem no País. São, no fim das contas, posturas conservadoras, por mais argumentos que usem tentando justificá-las.

Aliás, alguns desses arrazoados, vistos isoladamente, têm até base, como é o caso do plano de carreira. Ou a falta de estrutura física. Mas, isso não altera o conteúdo central das manifestações, que é de manter as coisas como estão. Até porque, neste aspecto mesmo, o setor privado tampouco tem plano de carreira para médicos e outros profissionais.

O fato é que as medidas agora adotadas pelo Governo Federal neste campo vêm em um momento em que o País já não suporta mais a precariedade do atendimento de saúde. São ações mais do que bem vindas pela maior parte da população brasileira, mesmo a parcela que mora nos grandes centros urbanos.

Tudo começa, em caráter emergencial, pelo programa Mais Médicos, que objetiva atrair profissionais para áreas desprovidas desse serviço, mesmo que esses tenham que vir de outros países, onde não haja carência deles. Também de imediato, a ideia é formar mais profissionais e incluir a atividade prática nos currículos universitários.

Neste ponto, a proposta inicial do governo era a de acrescentar dois anos de residência médica dirigida aos currículos dos cursos. Contudo, esse tempo a mais já foi deixado pelo caminho, mas a exigência de dois anos de atividade prática, na forma de residência,no Sistema Único de Saúde (SUS), junto a comunidades país afora, ficou mantida, e é considerada essencial.

Já no ano que vem, serão gastos R$ 5,5 bilhões para construir e equipar mais hospitais e postos de saúde, como forma de criar estrutura para a atividade do médico e demais profissionais de saúde. E será duplicado o número de faculdades de Medicina no País, não se saber com que nível de qualidade. Contudo, prossegue a gritaria e protestos de entidades que falam em nome da categoria, quando deveriam ser elas as primeiras a atentar para um drama que é inquestionável. Uma realidade que fica cada vez mais evidente por meio das novas formas de comunicação, que desmontam alguns tabus e simulações bastante tradicionais.

As novas mídias escancaram o fato de que o exercício da Medicina não está vinculado a algum talento excepcional ou dom quase místico de poucos eleitos. É, isto sim, uma possibilidade de todos, desde que 
quebradas as barreiras que impedem o acesso do cidadão negro da Bahia, por exemplo, ao mais antigo curso do Brasil.

As entidades deveriam se aperceber, também, de que elas tampouco ainda representam verdadeiramente suas categorias. É vergonhoso lembrar o caso do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que pagou horas extras e bônus de taxi para seus funcionários vestirem branco e irem a uma manifestação que seria de médicos, na Avenida Paulista. Ou seja, cair na real de agora em diante seria o melhor que essa gente faria. Caso contrário, irá bater de frente não apenas com o governo, mas com o próprio cidadão até hoje privado dos serviços de saúde, só que mais bem informado. Para haver embates de rua, é daqui pra acolá. O bonde da história está passando.

É, pois, o momento de se construir e consolidar um consenso de que saúde, além de ser um direito de todos, estejam onde estiverem, é fator de bem-estar social e significa paz.

*Jaime Sautchuk é jornalista, ambientalista e cidadão brasileiro

sexta-feira, 26 de julho de 2013

POBRES E O QUE MAIS ...

Por Nei Alberto Pies 

“Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, cegos, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheio de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais”.(Artur da Távola) 

Escrever e pensar a partir dos pobres não gera status social, nem dividendos econômicos. Lutar com eles e por eles gera reações raivosas e incomoda aqueles que desejam manter privilégios. Aqueles que lutam com e pelos pobres sabem que estes precisam ser defendidos não porque sejam bons ou maus, mas porque são vítimas de um sistema econômico e político de exclusão, que não gera oportunidades em igualdade de condições para todos. Para quem ainda duvida disto, eis o que foi anunciado pela ONU: “90 milhões de pessoas devem cair em condição de pobreza extrema até o fim deste ano no mundo por causa da crise econômica mundial”. 

Difícil crer que as pessoas pobres e excluídas não sejam vítimas; autores é que não os são; não escolheram viver na indignidade. Vítimas necessitam de defesa, ajuda e amparo, para que se lhes resgate a condição de dignidade. Dignidade confunde-se com liberdade, na busca que cada ser humano faz para constituir-se gente. Como disse Cecília Meirelles, “liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta e não há ninguém que não a busque e ninguém que não a entenda”. 

Muitos perderam a noção de pertença à humanidade e não cultivam mais valores solidários. São moldados pela ideologia dominante que sugere que “a cada um é concedido conforme o seu empenho, o seu esforço, o seu talento”. Logo, a conclusão de que pobres são pobres porque assim o desejam. Ou que a condição de pobreza é resultado da falta de esforços e de vontade de cada um e cada uma. Outros desejam “enquadrar” os excluídos a partir de dados e estudos estatísticos, supondo que todos respondem do mesmo modo, mesmo nas diferentes adversidades e peculiaridades de vida de cada um. 

A inclusão dos pobres na sociedade não é nada natural. Inclusão pressupõe reconhecimento recíproco da nossa condição de seres humanos, com necessidades básicas para viver bem. Exige também reconhecer-nos todos capazes de fazer nossas escolhas e desenvolver nossas habilidades e potencialidades. Supõe também dividir a riqueza e a renda, que resulta do trabalho e da tecnologia produzidos por todos. Significa construir oportunidades em igualdade de condições para todos, indistintamente. 

Somamo-nos à Cláudio Brito, quando escreve interinamente na coluna de Paulo Santana do Zero Hora, dia 10 de julho: “precisamos encontrar formas de organizar a cidadania e a solidariedade dos muitos que ainda se compadecem com o sofrimento alheio dos excluídos. Quem doa esmolas ainda acredita que vidas podem ser recuperadas e salvas.” 

Na democracia, deveríamos dar a todos o mesmo ponto de partida, pois o de chegada pode depender de cada um. “A verdadeira democracia não tolera a existência de excluídos”, disse Herbert de Souza, o Betinho. Só a solidariedade, no seu sentido mais amplo e profundo, será capaz de salvaguardar nossa condição de humanidade. Se “nascemos livres e iguais em dignidade e direitos” como preconiza a Declaração Universal dos Direitos Humanos, temos obrigação de cooperar com os outros, em espírito de fraternidade. Assim, mais humanos nos tornaremos. 

*Nei Alberto Pies, professor, graduado em filosofia e com especialização em metodologia de ensino religioso, ativista da Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (RS

domingo, 21 de julho de 2013

A DESCRENÇA NA POLITICA E O BODE EXPIATÓRIO DA VEZ

"... o que convence são mudanças de atitudes expostas a luz dos projetos coletivos, cada vez mais raros na politica moderna!"

Sempre vi no Deputado Cândido Vaccarezza o rosto do fisiologismo mais sacana e putrefato da politica atual. Orlando Silva foi vítima de seu veneno ao ser colocado no olho de um furacão soprado sobre a ambição de fazer de Fernando Haddad prefeito de São Paulo e evitar o acumulo de força politica que Orlando vinha agregando enquanto Ministro dos Esportes. Afinal nada foi provado contra Orlando, a não ser toda esta armação bandida que hoje podemos confirmar pelo arquivamento das gratuitas e baixas acusações que eram retroalimentadas por Vaccarezza na surdina das articulações e interesses, servido como vinho festivo na taça pragmática e suja do então Procurador Geral da República Roberto Gurgel (outro boçal).

Mas não é por esta razão e outras abertamente pontuais que jogar nas costas do Deputado Vaccarezza toda culpa pelo derretimento de concepções ideológicos, desvio no projeto politico de reformas e uma ampla pauta nacional de mudanças que vai solucionar os problemas atuais. O Problema não são os aliados, o problema tem sido as negociatas por dentro do modelo atual que transformou a 'Ética' de um amplo projeto de transformação com inclusão social, uma 'Ética da práxis deturpada' pelos privilégios institucionais de uns e o sangramento moral de homens sérios como Orlando Silva para favorecer seus pares. 

Então é preciso avaliar com maturidade e acima de tudo humildade para reconhecer que o inimigo pode estar dentro da própria casa ideológica. Nestas divisões loteadas por tendências e nas dependências das negociatas do grande feirão de mazelas da política suja. Por isso grande parte, entre eles os aliados históricos não podem ser apontados com válvula de escape e negação dos próprios erros. Talvez por isso em 10 anos de governo se perdeu para além da humildade a capacidade de se auto avaliar. E quando se perde isso, significa que o retrovisor do compromisso histórico foi quebrado. E ao atingir este estágio da deturpação fica mais difícil propor avanços políticos e exigir fidelidade de aliados. Principalmente quando se coloca como barganha na mesa de votações de importantes projetos para o Brasil o loteamento nominal de candidatos para Prefeitos em 2018 e a Presidência em 2020. 

Simples e direto, é assim que se coloca o dedo na ferida e se pode encontrar o antídoto pra cura das contradições. Fora isso, inimigo é aquele que se abstém de questionar os erros na atuação política. E o pior deles é aquele que arruma um 'Ente' falacioso para solucionar um problema verdadeiro. Vaccareza não é santo, mas demônios maiores habitam a causa mortis da ética e fidelidade neste governo. Inocentes mesmo são poucos como ex ministro do Esporte e atual vereador de São Paulo, enquanto as únicas vitimas/culpadas são a turba eleitoral que vota em grande parte sob a perspectiva da vantagem marginal na base cidadã nesta grande Ágora (ἀγείρω) da democracia. 

Documentos não convencem, o que convence são mudanças de atitudes expostas a luz dos projetos coletivos, cada vez mais raros na politica moderna!

Neuri Adilio Alves
Professor, Filósofo e Pesquisador

quinta-feira, 18 de julho de 2013

QUAL EDUCAÇÃO QUEREMOS: O QUE UMA ESCOLA REFLEXIVA PRECISA?

[Editorial do Corujinha nº 72 – 2º trimestre/2013]

É inegável que vivemos um tempo que apresenta necessidades essenciais para a convivência entre as pessoas. Tempo em que a comunicação é instantânea, e as pessoas não conseguem dialogar, discutir ideias, ter paciência e colocar-se no lugar do outro.

Somando-se a isso e a outros fatores, educadores e escolas entram na “onda da moda”, colocada por grandes corporações e grupos empresarias, de que educar hoje é só oportunizar para os aparatos e, em alguns casos, espera-se que quinquilharias tecnológicas (entendam aqui os tablets, lousas digitais, smartfones, livros digitais...) façam a diferença na aprendizagem.

Porém, os grandes educadores de todos os tempos já deixaram legados do que é e como educar. Estão presentes na memória e, mais do que nunca, sendo necessários. Precisamos abrir espaços cada vez maiores para o diálogo que educa para a tolerância. Para o diálogo que aproxima e abre novas perspectivas. Para o diálogo que leva à investigação, ao questionamento, aos amadurecimentos e às transformações. 

Somente educaremos as gerações atuais e futuras abrindo espaços para o pensar, dialogar, discutir, investigar, e a sala de aula é o espaço privilegiado para isso acontecer. Essa sala de aula que deve ser transformada numa Comunidade de Aprendizagem Investigativa e que tem como mediação uma investigação e aprendizagem reflexivas, filosóficas.

Educação, Filosofia e Sensibilidade são o tripé da Escola Reflexiva no século XXI, e tudo o mais é mera “perfumaria”. Escola Reflexiva que desperta nas crianças, nos adolescentes e jovens o gosto pela vida, a alegria da convivência e a busca da simplicidade para conhecer e ser no mundo. Escolas e educadores que não vislumbram um filosofar vivo na sua prática filosófica se deixarão guiar pela “onda da moda” como tábua de salvação.

Este é o foco das ações e reflexões durante os preparativos aos 25 anos do Centro de Filosofia Educação para o Pensar e Editora Sophos.

Prof. Dr. Silvio Wonsovicz
Presidente do Centro de Filosofia Educação para o Pensar

sábado, 6 de julho de 2013

O REI FOI A BRASILIA - SERÁ QUE DESAFINOU ETICAMENTE?

"Enquanto isso a vida segue, alguns como eu "Contando DETALHES" de nossa vida cotidiana, outros apaixonadamente seguiram "Cantando DETALHES"!

Eu nunca fui um apreciador musical de Roberto Carlos, porque o meu romantismo nunca foi alimentado pela melosidade de suas letras metafóricas de paixões, mas sem dúvida é 'UM', ou para os fãs "O" grande artista, "O Monarca" das estrelas musicais. Tudo o mais é mera plebe, eu, você e os que ainda estão por vir!

Mas o assunto aqui é sua viagem a Brasília no último dia 3 de julho. Ensaio insinuar que não foi somente para acompanhar a votação do ECAD (projeto que altera as normas de arrecadação e pagamentos de direitos autorais) do qual ele é campeão. Mas seus 20 minutos em particular com a Presidenta Dilma foi pra pedir o perdão da divida de mais de 6 dezenas de milhões que a GLOBO deve para Receita Federal (portanto aos cofres públicos) por sonegações fiscais. Aqui se explica porque o aparelho fascista da comunicação deu cobertura e incentivo pros movimentos desarticulados pelo Brasil, mesmo quando ameaçada e convidado a se retirar das manifestações como aconteceu com o jornalista do 'Profissão Repórter' da referida emissora. Ela quer intimidar o governo federal pelas cobranças do que deve!

Para mim o 'Monarca' RC, artista amado de uma geração da classe descontente, que em grande número também marchou pelas ruas do Brasil nos últimos dias desafinou eticamente. E por tabela, ao invés de distribuir rosas como de costume aos seus "fãs", jogou espinhos ao pedir a Dilma o perfume do perdão da divida de seus patrões globais. Portanto na melosidade de sua música se esconde também um desafinamento moral e uma dose de cicuta ética também! - Eu queria esta errado!!!

O certo é que como cidadão não preciso da música de Roberto Carlos pra viver, mas espero que a influência primeva da 'Bossa Nova', não tenha migrado para o deturpado ritmo da "Bosta Nova" do lobismo artístico e profissional da corrupção! Pois '6 dezenas de milhões' dá pra fazer uma "Copa do Mundo na Várzea" e injetar investimentos pra fazer muita diferença na Educação e Saúde de meu País!!!

Enquanto isso a vida segue, alguns como eu "Contando DETALHES" de nossa vida cotidiana, outros apaixonadamente seguiram "Cantando DETALHES"!

Neuri Adilio Alves
Professor / Pesquisador

quarta-feira, 3 de julho de 2013

FALTA MÉDICOS X SOBRA MÉDICOS e SÓ CRESCE A NEFASTA DISCUSSÃO

"Pobre dos Professores “doentes” de coerência e coragem na também vocacionada opção de vida que fizeram!"

Estou cheio desta discussão... o certo é que se existe desconfiança sobre a formação dos médicos que viriam da Europa, ou de Cuba, não podemos esquecer da grande e concreta incompetência de muitos médicos formados no Brasil também. Não precisa concordar comigo, basta apenas ver os processos por prática ilegal da medicina, mortes em cirurgias plásticas, amputação de orgãos errados, cegueira por erros médicos, diagnósticos e prognósticos desconexos, e aqueles que faltam aos plantões em pronto Socorro de Hospital ou Posto de Saúde. 

Pra resolver este problema eu sugiro que o governo possa regulamentar o trabalho das benzedeiras, dos pajés e da medicina naturalista. Afinal a benzedeira com suas simpatias e orações, continua benzendo e acalmando as Bichas/lombrigas/solitárias (vermes), Míngua (desnutrição), Quebrante, Mal Olhado, Inveja entre outros males e tem resolvido todos em pronto atendimento. Assim como o Pajé com suas pajelanças, cantorias e comilanças aos espíritos resolve grande parte das patologias da aldeia/tribo/etnia. 

Desta forma cessaria esta briga dos urubus da medicina que deslocaram o problema real da falta dos ditos profissionais em várias regiões do Brasil para suas ambições monopolistas do mercado da cura quimico laboratorial. Muitas vezes baseadas no achismo do "olhomêtro", mesmo quando em sua disposição os mecanismos necessários a observação e análise! Abrir a temporada de caça resolveria este problema imediatamente, pois isso não é um problema de saúde pública, mas de ausência de ética mesmo!

De outro sim, vou ser direto e dizer que a justificativa de que falta incentivo de melhores salários e subsídios mecânicos aos médicos para trabalharem em algumas regiões é piada de mau gosto. Quem venham os estrangeiros, Ingleses, Canadenses, Cubanos. Pois a pior de todas as patologias é a ignorância, a falta de uma educação de qualidade que me salta a necessidade de dizer que: “se tivéssemos melhor valorização dos professores e efetivos investimentos em educação não teríamos tantos problemas de atendimento a saúde, pois a maioria dos casos é a falta de informação que leva as doenças, das mais triviais as mais agressivas.” 

E nem por isso os governos em 500 anos tem se preocupado em melhorar a estrutura das escolas e salários dos formadores dos futuros médicos do Brasil. Pobre dos Professores “doentes” de coerência e coragem na também vocacionada opção de vida que fizeram! Porém, de concreto proposto por mim é que com meu “Cartão Metafisico” do universalismo da confiança, vou me benzer nestes dias, pra pegar uma garrada de remédio, e não será pra consciência!!!

Neuri Adilio Alves
Professor / Provocador

ASSANGE E SNOWDEM - AS VOZES SILENCIADAS E OS OLHOS VENDADOS DAS NAÇÕES

"Um Pais que permite a interferência criminosa bilateral contra si mesmo sob a justificativa de diplomacia, não é um país soberano, mas uma nação submissa, subalterna!"

Negar asilo político para um cidadão como Julian Assanhe do WikiLeaks que abriu ao mundo as informações mais nefastas e covardes no modo como o governo dos Estados Unidos da América fazem política com seus aliados, é insistir em manter a voz silenciada como nações soberanas. É deixar de acolher o universalismo ético da coragem de um homem só, em detrimento de um planeta mergulhado no Servilismo que nega-se em aceitar a verdade e a ascensão do terrorismo imperialista!

Do mesmo modo que negar asilo político pra Edward Snowden ex funcionário da Nasa e da CIA que denunciou ao planeta que todos nós somos parte do cadastro de espionagem do governo de Obama com seu programa PRISMA, é negar o direito de proteção a vida de um cidadão que presou pelo princípio ético de denunciar o fim a morte assistida de nossa réstia utópica de liberdade. E ainda ver o mundo virar as costas ao seu apelo de direito a proteção a vida, direito este que também o Brasil covardemente se negou a discutir e pensar mesmo sendo o segundo país no mundo com maior número de pontos ligados a web, ou seja, o segundo mais monitorado. 

Agora somos o Planeta Vigiado, um grande Big Brother diplomaticamente velados! Nos tornamos prisioneiro pela incapacidade e autonomia de mandar Obama a merda, e abrir a porta aos perseguidos da ditadura norte americana. Principalmente agora que ele abriu a temporada de golpes de estado por várias regiões do mundo como forma de expandir seu domínio imperialista e alavancar sua economia através de suas grandes indústria de armamento bélico. Por isso a inserção efeito dominó nas tentativas de golpes de estado inclusive aqui. Assim como já fez no Haiti com Jean-Bertrand Aristide, em Honduras com Manuel Zelaya, no Paraguai com Fernando Lugo, tentou fazer na Venezuela de Hugo Chaves e recentemente com Nicolás Maduro. 

Modus operandi usado desde o norte da África, no Egito da Primavera Árabe e refaz novamente agora no Egito da 'Vingança da Múmia', inciou na Síria contra Bashar al-Assad, instigou na Grécia, provocou o Líbano e a Coreia do Norte! Não demora muito pra ele instalar uma Guantánamo em qualquer nação do mundo, já que são poucos como Hugo Chaves que tiveram a coragem de se autoafirmar em defesa do povo e da Nação! Não pode haver nação soberana quando se cala a voz, e fecha os olhos pras injustiças e canalhices cometidas por aqueles que se dizem seus aliados mas que combatem o terrorismo cometendo terrorismo. 

Um Pais que permite a interferência criminosa bilateral contra si mesmo sob a justificativa de diplomacia, não é um país soberano, mas uma nação submissa, subalterna! - Deu saudades de sua arrogância nacionalista de soberania Hugo Chaves!!! 

Neuri Adilio Alves
Professor / Pesquisador