sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Religiosos divulgam no Rio de Janeiro 

manifesto em apoio a Dilma

 

Encabeçado por sete bispos, entre eles dom Thomas Balduíno, bispo emérito de Goiás Velho (GO) e presidente honorário da Comissão Pastoral da Terra (CPT), e d. Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Felix do Araguaia (MT), foi divulgado hoje um manifesto de "cristãos e cristãs evangélicos e católicos em favor da vida e da vida em abundância", que contava no início da tarde com mais de 300 adesões de religiosos e fiéis. 

 

O texto será entregue a Dilma Rousseff (PT) na segunda-feira, no Rio, na mesma cerimônia em que a candidata à Presidência receberá apoio de intelectuais e artistas.

Os adeptos rechaçam que "se use da fé para condenar alguma candidatura" e dizem que fazem a declaração de voto "como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais".

No manifesto, eles deixam claro que "para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra (José Serra, presidenciável pelo PSDB)".

O documento recebeu o apoio dos bispos Demétrio Valentini (Jales, SP); Luiz Eccel (Caçador, SC); Antônio Possamai, bispo emérito de Rondônia; Xavier Gilles e Sebastião Lima Duarte, bispo emérito e bispo diocesano de Viana (MA). Também apoiam Dilma dezenas de padres e religiosos católicos como Frei Betto, pastores evangélicos, o monge da Comunidade Zen Budista (SP) Joshin, o teólogo Leonardo Boff, o antropólogo Otávio Velho e a professora da Universidade de São Paulo (USP) Maria Victoria Benevides.

Dívida social

O manifesto faz referência velada a casos de pedofilia nas igrejas para afastar a exigência de candidatos comprometidos com religiões. Os signatários do manifesto ressaltam: "Sabemos de pessoas que se dizem religiosas e que cometem atrocidades contra crianças e, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo. Não nos interessa se tal candidato(a) é religioso ou não."

O documento também dialoga com eleitores de Marina Silva, do PV, lembrando que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano, como propôs Marina, "só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido". Para eles, Dilma representa este projeto "iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula".

Diálogo


Embora admitam terem "críticas a alguns aspectos e políticas do governo atual que Dilma promete continuar", os signatários destacam saber a diferença entre "ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir".

"Neste sentido, tanto no governo federal, como nos Estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido", afirma o texto.

Fonte: Agência Estado

Luis Nassif: A psicologia de massa do fascismo à brasileira

 

Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro. O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial.

por Luis Nassif, em seu blog

 

Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.

Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.

Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.

À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.

Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.

Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.

O fascismo à brasileira

Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.

Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.

Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.

Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.

Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.

Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.

No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.

A construção do ódio

Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.

Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.

Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.

Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização. Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.

Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia

Coligação de Serra quer censurar TV Record

 

A vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, enviou nesta quinta-feira (14) parecer favorável à aplicação de multa à TV Record por ter veiculaod reportagem supostamente favorável à candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff.

A reportagem mostrava as regiões da cidade de São Paulo onde Dilma e Serra saíram vitoriosos.
O parecer da vice-procuradora-geral Eleitoral atende pedido feito pela coligação do candidato do PSDB José Serra, que alegou que a emissora fez propaganda a favor de Dilma Rousseff, ao mostrar que esta venceu nos bairros mais pobres.

Em declarações à Folha de S.Paulo, a direção da TV Record afirma que o pedido de multa “parece uma tentativa de censura e cerceamento da liberdade de imprensa”.

O caso será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Se condenada a emissora poderá ser obrigada a pagar multa que varia de R$20 mil a R$100 mil.

Com informações da Folha de S.Paulo

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia

A elite vive um surto de demofobia

Odair Rodrigues *
 

Sabemos que existe em S. Paulo uma corrente separatista que prefere a ocupação extrangeira à evolução do Brasil (…). Oswald de Andrade e Pagu – O Homem do Povo, n° 1, março 1931

 

As empresas de versões de notícias do eixo Rio-SP e seus repetidores, atualmente conhecidos como PIG, atuam como se vivêssemos em uma ditadura ou na Inquisição.

As manchetes dos veículos de comunicação pertencentes às famí(g)lias frias, marinho, civita e mesquita ora se assemelham aos textos contidos nos temidos Atos Institucionais da ditadura militar, ora parecem com os processos liderados por Torquemada, o mais temido inquisidor do Santo Ofício.
Ainda que o candidato José Serra, pautado pela imprensa golpista, venha assumindo um caráter de grande inquisidor e perseguidor de demônios, não é isso que está em jogo; é a democracia que está ameaçada.
Há vários indícios de que uma possível vitória da coligação demotucana significaria o fim da liberdade de expressão, a perseguição de jornalistas, intelectuais, blogueiros, artistas e de lideranças do movimento popular.

Engana-nos o mal com aparências de bem – Pe. António Vieira

A demissão da articulista Maria Rita Kehl pelo Estadão, por criticar o preconceito da elite contra as classes D e E; a demissão do jornalista Heródoto Barbeiro pela tv Cultura, depois de questionar Serra sobre os pedágios; a censura do blog Falha de São Paulo pelo jornal Folha de São Paulo; a indisfarçada parcialidade do jornalismo da Globo; a censura das pesquisas eleitorais e do Blog do Esmael, pelo governador eleito no Paraná, o tucano Beto Richa são alguns dos vários os exemplos de atentados contra a liberdade de expressão e de opinião. Ao mesmo tempo, atribuem ao governo Lula o que eles praticam.

Demofobia

Um surto de demofobia, medo da democracia, é o momento pela qual passa a elite do país. Uma elite que prefere se ajoelhar ao poderio estrangeiro a ter que dividir o poder político e as riquezas com o povo brasileiro.

A comparação entre os 8 anos de privataria de FHC/Serra/neoliberais e os 8 anos de soberania nacional de Lula/Dilma/povo é que devem pautar o segundo turno. Seguir a agenda teocrática proposta pelo neo-inquisidor Serra e os fundamentalistas do golpismo da Folha, Estadão, Veja, Globo é entrar em uma guerra cuja a primeira vítima será o debate político e depois o desenvolvimento soberano do Brasil.
Para que Serra fique bem longe da possibilidade de ser presidente há necessidade de confrontá-lo com suas promessas não cumpridas quando prefeito e governador. A responsabilidade sobre as enchentes, o sucateamento do metrô, a privatização da saúde paulista, a possibilidade de diminuição de vagas na USP, a precariedade da educação, a desorganização da segurança e, principalmente, sua falta de diálogo com a sociedade.

Duas cenas não podem ser esquecidas para nos lembrar da política destrutiva dos tucanos: a ocupação das refinarias por tanques do exército e a venda (doação) da Vale do Rio Doce.

Repressão e privataria, são esses os legados de FHC/Serra. É nas ruas, nas escolas, universidades, fábricas que precisamos divulgá-lo para lançar luzes à ao obscurantismo propagado pelo jornalismo canalha e pela direita fundamentalista representado pelos demotucanos.

A internet é um poderoso instrumento nesse momento, o contato pessoal ainda é a melhor maneira de convencimento.
http://www.youtube.com/watch?v=kgTgdd41N4w
http://www.youtube.com/watch?v=lKBjqVrPqnE
http://www.youtube.com/watch?v=yZaWuuGpVhA
http://www.youtube.com/watch?v=deUf8An9Q1o&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=LCKghoTX_Nw&feature=fvst
http://www.youtube.com/watch?v=6ca-MDozx3E&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=GfZR69mZaF4

* É professor de língua e literatura no Estado do Paraná, web cronista, poeta, e militante da Unegro e do PCdoB.  Autor do blog Ruminemos: http://ruminemos.blogspot.com
 
Fonte: http://www.vermelho.org.br/coluna

O “Zé” vai entrar pra história pela lata do lixo (II)

Messias Pontes *
 

O candidato das forças do atraso à Presidência da República, o demotucano José Serra, ou simplesmente o “Zé”, definitivamente perdeu o rumo e mais parece uma biruta de aeroporto. No debate do último domingo, na Record, ele jogou a toalha e reconheceu a derrota quando afirmou, nas suas considerações finais, que a única coisa que tinha a apresentar aos brasileiros era o seu currículo. Foi aí que ele se perdeu.


Se a única coisa que tem a apresentar é o seu currículo, então não tem nada para oferecer. Isto porque ele não tem mais currículo. Este ele o jogou na latrina e deu descarga, não tendo mais retorno.

Renegando todo o seu passado ao se aliar com o que há de mais retrógrado neste País, o “Zé” termina sua carreira política melancolicamente, abandonado até pelos aliados que agora o escondem, e até pela grande mídia conservadora, venal e golpista que o trocou pela Marina Silva, do PV, que deixou de ser jurássica, “eco-chata”. A verde agora é a queridinha dessa mídia, pois não questiona as mentiras da Veja, as omissões da Globo dos fatos mais importantes, e o golpismo da Folha e do Estadão. Ela está em lua de mel com o GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão).

Mas resta um consolo para o “Zé” Traíra. A extrema direita continua apostando na sua eleição e tem usado as 24 horas do dia, sete dias da semana, enviando mensagens apelativas, mentirosas, injuriosas para milhões de emails. No Ceará, o “Zé” Traíra tem como principal cabo eleitoral o “Grupo Guararapes”, uma organização de extrema direita composta por um punhado de coroneis e generais de pijama e meia dúzia de civis viúvas da ditadura militar, que, como ele, defende democracia sem povo.

Depois de demonizar a candidata das forças democráticas, populares e progressistas, Dilma Rousseff, os generais de pijama enchem a bola do “Zé” e chegam a afirmar que ele foi o “melhor ministro do governo FHC”, e saem com essa pérola: “Já, (sic) o Serra é apoiado pelas legendas dos partidos que defendem o pluripartidarismo e adotam, nos seus ideários estatutários, a Democracia Representativa do Estado de Direito”.

Dizem ainda os generais de pijama de extrema direita que “Serra, (sic) jamais tentou impor pelas armas o seu socialismo e galgou pela eleição a representação popular, com expressiva votação, consecutivamente, sem interrupção, a Deputado Federal Constituinte, Deputado Federal, Prefeito e Governador de São Paulo...”

Em todos os inoportunos emails que enchem as caixas postais dos internautas, os generais de pijama deixam transparecer que ainda vivem na época da guerra fria e que a famigerada lei de segurança nacional ainda está em vigor. Perderam o bonde da história e, mais que isso, o senso do ridículo. Eles sempre defenderam e continuam defendendo uma democracia sem povo. Preferem o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo, como dizia o general ditador João Baptista Figueiredo, de triste memória.

Quando o “Zé” trocou o cheiro do povo pelo perfume das dondocas da Daslu, que passou a criminalizar os movimentos sociais, que passou a defender o golpismo da sua mídia, que pretendeu cassar a candidatura de Dilma Rousseff levando a disputa para o tapetão, depois de difundir desbragadas mentiras e caluniar contra a sua principal opositora, e de se juntar à extrema direita, de bater às portas dos quartéis para dizer que o que motivou o golpe de abril de 1964 era fichinha com relação ao que acontece hoje, quando assumiu de vez a defesa do imperialismo e demonstrou sua posição fascista contra Cuba, a Bolívia, a Venezuela e até à Palestina, ele tirou a máscara. Não é à toa que, do Oiapoque ao Chuí ele está sendo chamado de “Zé” Traíra.

Fazendo coro com a grande mídia conservadora, venal e golpista, o “Zé” Traíra não consegue esconder a sua adesão à canalha neo-udenista. Ele repete o que vem dizendo o Coisa Ruim (FHC, verdadeiro cadáver político insepulto): “a democracia está ameaçada”. E para tanto mobilizou meia dúzia de intelectuais e ex-ministros tucanos para um ato na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, para acusar o presidente Lula e seu governo de autoritário.

Mas a resposta veio a jato. Um grupo de mais de 60 juristas, entre eles Dalmo de Abreu Dallari, professor emérito da USP, divulgou ontem a Carta Aberta em Defesa de Lula, onde é enfatizada que os valores democráticos consagrados na Constituição da República de 1988 foram preservados e consolidados pelo atual governo.

Os juristas democráticos lembram que o presidente Lula não se deixou seduzir pela popularidade, com 80% de aprovação popular. Poderia ter tentado casuisticamente alterar a Constituição para buscar um novo mandato, como fez o Coisa Ruim que comprou deputados e senadores, num dos maiores escândalos de corrupção jamais visto.

Agora os golpistas tentam levar a eleição para o segundo turno manipulando pesquisas. Ontem, o Datafolha (Dataserra, Datafalha) divulgou “pesquisa” garantindo o segundo turno. A Globo deu a maior ênfase em seus telejornais. Mas o Vox Populi, também ontem, mostrou números bem diferentes: Dilma 49%, Serra 25% e Marina 12%, demais candidatos 1%. Portanto uma diferença de 11 pontos percentuais em favor da candidata petista. Os brasileiros não permitirão o retrocesso.

O “Zé” Traíra pirou de vez. O desespero é tamanho que o levou a prometer o que sempre combateu: salário mínimo de R$ 600,00, reajuste de 10% aos aposentados e 13º aos beneficiários do bolsa-família.

Por tudo isso, e muito mais, é que ele vai entrar pra história pela lata do lixo. Triste fim!

* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
Fonte: http://www.vermelho.org.br/coluna

O “Zé” Traíra está com o que há de pior

 
Messias Pontes *
 

Tem um adágio popular que cabe bem até demais para o candidato das forças do atraso no Brasil, José serra, o “Zé” Traíra: diz-me com quem andas que te direi quem és. E quem está com o candidato demotucano? Nada menos que o supra-sumo do reacionarismo brasileiro que tanto mal já causou ao Brasil e aos brasileiros, senão vejamos:


A famigerada TFP – Tradição, Família e Propriedade, a Opus Dei, o Grupo Guararapes, a grande mídia conservadora, venal e golpista, a clientela da Daslu, os fundamentalistas religiosos- católicos e evangélicos, Daniel Dantas, José Roberto Arruda, os carlistas (na Bahia), os herdeiros políticos de Carlos Lacerda, as viúvas da ditadura militar, a canalha neo-udenista e toda a extrema direita.

Também estão apoiando incondicionalmente o “Zé” Traíra gente da estirpe do Coisa Ruim (FHC), Arthur Virgílio, Tasso Jereissati, Kátia Abreu (grileira), Heráclito Fortes, Jorge Bornhausen, Roberto Freire (outro traíra), e a escória do jornalismo como Merval Pereira, Miriam Leitão (porcão), Ricardo Noblat, William Waack, Boris Casoy, o casal 45 (William Bonner e Fátima Bernardes) e outros crápulas, colonistas e demais jornalistas amestrados.

Até 2002, o Brasil foi governado pelas e para as carcomidas elites econômicas, sociais e políticas. A partir de 2003, com a posse de um ex-operário metalúrgico, sem formação acadêmica, o País entrou em nova Era e os eternos excluídos passaram a ter vez, com o mínimo de dignidade. Foi neste período que os brasileiros perderam o complexo de vira-latas e o Brasil deixou de ser coadjuvante para ser protagonista no cenário das nações. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enterrou o G-8 e criou o G-20, levando o Brasil a ser respeitado e ouvido em todas as instâncias internacionais.

O desgoverno FHC (Coisa Ruim)/ Serra (traíra) quebrou o Brasil três vezes, tinha como governo de fato o FMI, o País vivia submisso aos interesses do grande capital, notadamente ao imperialismo estadunidense, levou milhões de brasileiros à rua da amargura, desmontou o Estado brasileiro com o processo da privataria, sucateou a educação, a saúde e a infraestrutura, além de institucionalizar a corrupção com a extinção da CEI – Comissão Especial de Investigação e instalar o maior processo de corrupção jamais visto para garantir a emenda da reeleição e a entrega do patrimônio público, a preço de banana, ao capital financeiro internacional. A desnacionalização da indústria brasileira também foi outro crime de lesa-pátria praticado pelo desgoverno tucano-pefelista, hoje demotucano.

Na atual campanha eleitoral, esperava-se o debate de propostas para fazer o Brasil avançar. Porém o que se vê é a baixaria, a mentira desbragada, as calúnias e as difamações contra a candidata das forças democráticas, patrióticas e populares Dilma Rousseff. A hipocrisia, a desfaçatez e a covardia têm sido a marca registrada do candidato demotucano, num verdadeiro desrespeito aos brasileiros.

Nunca um candidato mentiu tanto numa campanha eleitoral. Descaradamente diz que foi o melhor deputado constituinte, quando se sabe que ele atuou contra os interesses nacionais e dos trabalhadores. Basta consultar os dados do Diap. O “Zé” Traíra, no primeiro turno, tirou nota 2,5 e no segundo, 3,5 numa escala de zero a 10. Durante a Assembléia Nacional Constituinte (1987/88) ele já tinha mudado de lado, jogando na latrina o seu currículo e começado a entrar pra história pela lata do lixo.

Toda a baixaria na web tem a digital do “Zé” Traíra. Ele é covarde, pois não enfrenta os adversários de frente. Neste mesmo espaço já havíamos advertido para a baixaria, muito antes do início da campanha eleitoral. O deputado Ciro Gomes, que o conhece de perto, pois pertenceu ao PSDB, também havia previsto o que está acontecendo.

A Dilma precisa continuar apresentando as suas propostas para o Brasil seguir em frente, mas também ir pro confronto direto para desmascará-lo. Mostrar que ele é o que é e não o que diz ser. Tudo dele soa falso como uma nota de três reais. Ele sempre defendeu o arrocho salarial e agora vem com essa de dizer que vai elevar o salário mínimo para R$ 600,00 e dar aumento de 10% aos aposentados e pensionistas quando sempre os tratou com desprezo.

Quando diz que não vai privatizar o que restou do patrimônio público dilapidado pelo desgoverno dele e do Coisa Ruim, está estampada na cara dele a deslavada mentira. Falar em escolas técnicas é outra tremenda mentira, pois no desgoverno tucano-pefelista, do qual foi ministro, foi proibido, por decreto, a construção de escolas técnicas. Não se pode dar crédito a nada que ele diz. Por mais que prometa, tem o instinto do escorpião no seu DNA e quem o conhece sabe muito bem disso.

É mais que oportuno mostrar a declaração do ex-presidente Itamar Franco – que hoje lhe apóia – chamando-o de mentiroso quando ele assume a paternidade dos medicamentos genéricos. Itamar disse com todas as letras que “o Serra é mentiroso, pois os genéricos foram criados no meu governo pelo ministro Jamil Haddad”. O Seguro Desemprego também não é da sua lavra como apregoa cinicamente.

Dizer que vai fortalecer a Petrobras é outra grande mentira. Ele foi a favor da privatização da nossa maior empresa, hoje a segunda do mundo no ramo, que eles quiseram até mudar de nome, passando a chamar-se Petrobrax para atrair os compradores estrangeiros. Foi ele quem incentivou o Coisa Ruim a vender por preço de banana a Vale do Rio Doce, a Ligth e outras empresas estatais estratégicas. A corrupção no desgoverno FHC/Serra igualmente merece vir a público. Mas isso é assunto para um artigo específico.

Por tudo isto e muito mais é que o Brasil precisa se livrar do “Zé” Traíra e eleger Dilma Presidente para o Brasil seguir mudando.

* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
Fonte: http://www.vermelho.org.br/coluna

"Olhos Bem Abertos": Força dos explorados

Cloves Geraldo *

Documentário do uruguaio Gonzalo Arijon mostra o processo de mudanças profundas na Bolívia, Equador e Venezuela e procura entender sua força.

           O processo político-ideológico em curso na América Latina rendeu o bom documentário “Ao Sul da Fronteira”, do diretor estadunidense Oliver Stone, que procura decifrar as mudanças ocorridas principalmente na Bolívia, Equador e Venezuela. Mais contundente o diretor uruguaio Gonzalo Arijon aprofunda a discussão em seu “Olhos Bem Abertos”, exibido na mostra “Imagem das Américas”, realizada de 17 a 23 de setembro último em Belo Horizonte.

              O que difere os dois filmes é o olhar de seus diretores. Stone centra-se mais em Chávez, enquanto Arijon une-se ao jornalista e historiador Eduardo Galeano (“As Veias Abertas da América Latina”) para tratar de aspectos que fogem ao conhecimento do estadunidense. Seu filme dá voz a trabalhadores, índios, mineiros e mulheres, mostrando-os como as principais forças de transformações políticas, econômicas e sociais em seus países.
              Arijon traça assim um perfil dos movimentos populares que sustentam as decisões de suas lideranças. Dos mineiros bolivianos mal pagos, sofrendo de silicose, até os indígenas que se tornam cidadãos. Todos apóiam a estatização das minas de cobre e das reservas e empresas de petróleo e gás, feitas pelo governo Evo Morales. “Agora somos nós que controlamos tudo”, diz um diretor da estatal boliviana de petróleo e gás.

               Arijon demora-se na Bolívia onde as mudanças sofrem todo tipo de boicote. Põe na tela a tentativa de separatismo das províncias mais desenvolvidas, o massacre perpetrado pelas oligarquias e pelos governadores direitistas, a firmeza de Molares para derrotá-los, inclusive expulsando o embaixador estadunidense para evitar sua própria queda. O resultado se vê como herança de Che Guevara. São poderosas as imagens dos indígenas nas ruas com seus trajes típicos, desfrutando de uma liberdade que demorou mais de 500 anos para ser conquistada. Emociona.

               O mesmo ocorre com os indígenas equatorianos. Suas terras, ricas de petróleo, cobiçadas pelas multinacionais do petróleo, foram demarcadas pelo governo Correa para que não percam suas fontes de existência. Uma viagem de Arijon por elas explica porque isto foi necessário. As camadas de óleo espalhavam-se, impedindo que continuem na área em que estão há milênios. Como na Bolívia, o processo de desmontagem dos privilégios, dos monopólios e do controle dos EUA e da Espanha incluiu reforma na constituição, queda de braço com George Bush, as multinacionais, as oligarquias e a mídia direitista a eles aliados.
              Arijon não se limita a filmar os locais de conflitos, sua câmera se detém na geografia, na paisagem urbana. Sente-se as cidades, as periferias, o perfil do povo. Na Venezuela, os rostos de uma líder comunitária e de um trabalhador beneficiado pela reforma agrária tomam a tela. Ela explica que há resistência, mas que a construção de habitações coletivas segue em frente. E o camponês informa que tudo o que os venezuelanos consomem vem de fora e que agora eles começam a plantar para seu próprio abastecimento. A câmera de Arijon os flagra em suas ações. Numa delas acompanha a líder comunitária numa alegre reunião com Chávez, espécie de democracia direta, em que ele confirma todo seu estilo despachado de governar.

              E Arijon não se furta em registrar a crítica preconceituosa, direitista, do taxista que o leva ao centro, onde se podem ver milhares de barracos ocupando o morro. “É dali de que vem o apoio dele (Chávez)”, aponta ele para o aglomerado que domina parte de Caracas. Entende-se, assim, porque Chávez provoca ódio, boicote e insurgência da burguesia venezuelana e dos EUA, com grande apoio da mídia golpista nativa e estadunidense, como mostrou Stone em “Ao Sul da Fronteira”.

                   O Brasil, no entanto, não fica à margem de “Abra Seus Olhos”. Aparece na abertura, em rápidas sequências no Pará onde é críticado por não ter feito a reforma agrária, cedendo terras e porto para o agronegócio. No entanto, o líder dos sem terra destoa das críticas ao apontar em aula na Escola do MST as consequências da globalização e do neoliberalismo. E Chávez surgir em seguida pondo fim ao sonho de Bush implantar a Alca na América Latina: “Alca é o caralho!”, denuncia. Arijon e Eduardo Galeano traçam inclusive um paralelo entre o Fórum Social Mundial e o Fórum Econômico de Davos para diferenciar os objetivos de ambos reforçando os rumos tomados principalmente pelo Brasil.

                    Arijon também registra o papel do governo Lula nos processos de nacionalização das reservas minerais e ampliação da democracia popular no Equador, Venezuela e Bolívia. Lula ao invés de resistir à desapropriação da Petrobrás, uma das multinacionais que controlava o setor petrolífero boliviano, entendeu os motivos de Morales para controlar as riquezas de seu país e o apoiou. Deste modo Arijon registra um ciclo histórico. Seu filme, aplaudido pelo público efusivamente em seu final, é um documento sobre o processo político popular na América Latina. É uma pena que sua exibição não esteja garantida em grande circuito no Brasil.

Olhos Bem Abertos”. (“Ojos bien Abiertos”). Documentário. Uruguai, 2009,110 minutos. Direção: Gonzalo Arijon.

* Jornalista e cineasta, dirigiu os documentários "TerraMãe", "O Mestre do Cidadão" e "Paulão, lider popular". Escreveu novelas infantis,  "Os Grilos" e "Também os Galos não Cantam".

Fonte:http://www.vermelho.org.br/coluna

“Em Teu Nome”: Memórias da juventude

Cloves Geraldo *

Filme do diretor gaúcho Paulo Nascimento resgata a luta dos jovens brasileiros contra a ditadura militar

             Eram garotos que amavam os Beatles e os Rolling Stones, diz a música. Em “Em Teu Nome”, do gaúcho Paulo Nascimento, eles amavam a revolução e não eram tão garotos assim. Aderiram à luta armada, sangraram nas masmorras da ditadura, foram exilados, retornaram ao Brasil com a anistia, em 1979. E nem por isto, deixaram de viver grandes paixões. Eis e contexto deste filme que amplia a visão da luta da esquerda no país contra a ditadura militar (1964/1985). Tira o filme dos aparelhos, das sombras e lança-o nas ruas, no campus universitário e nas reuniões familiares. É mais sobre uma geração do que sobre concepções de luta armada, embora esta esteja presente o tempo inteiro.
            O que buscavam os jovens dos anos 60, época em que a Guerra Fria, opunha a ex-União Soviética aos EUA? Apenas derrubar a ditadura militar? Não. Mudar o mundo. Substituir o Capitalismo pelo Socialismo. “Em Teu Nome” os mostram em discussões político-ideológicas, ações revolucionárias, tentativas de escapar ao cerco imposto pelos generais. Além disso, o filme transmite uma afetividade que escapa às produções que tratam da luta da esquerda no país. E tem sua raiz em “Reds”, de Warren Beatty, cinebiografia do jornalista revolucionário John Reed, autor de “10 Dias Que Abalaram o Mundo”. Beatty trata das ações de Reed e seu envolvimento amoroso com a feminista Louise Bryant.
               Não é diferente neste “Em Teu Nome”. Nascimento baseia sua narrativa na militância do estudante de engenharia João Carlos Bona Garcia (Leonardo Machado) na VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), formada, em 1966, por dissidentes da Polop (Política Popular) e do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), e em sua paixão pela universitária Cecília (Fernanda Moro). Esta dualidade narrativa dota o filme de um viés mais próximo da realidade do militante, afastado da figura do herói férreo, sem paixões ou emoções. O militante, mesmo no calor da refrega revolucionária, mantém sua capacidade de amar e clareza para levar adiante seu objetivo.
                 Bona, no entanto, não é único a ter sua história enfocada. Outros personagens são tratados com igual força. A jovem calada, introspectiva, Lenora (Silvia Buarque), que sintetiza em si outros militantes de esquerda, que tiveram sua vida destroçada pelas torturas sofridas nas masmorras dos generais, caso de Frei Tito; o hesitante, radical, Onório (Marcos Verza), que cobra compromisso dos demais, mas fraqueza nas situações limite; o frade, Professor (Nelson Diniz), cerebral, capaz de conduzir a luta e também amar; o sindicalista Higino (Sirmar Antunes), afrodescendente, que dá o perfil operário à organização.

Convicção ideológica fortalece militantes


            É a luta contra a ditadura militar e a convicção ideológica que dão sentido à vida desses jovens, em meio à multiplicidade de lutas na época: de Cuba, de Guevara na Bolívia à Guerra do Vietnã. Mesmo que os generais os torturassem, a maioria preservava suas convicções. Numa simbólica sequência sobre o quanto eles, os generais, lhe infligiam dor, Bona, depois de suplicar por comida, devora um malcheiroso pedaço de carne, enquanto sua família degusta frango assado. Esta dialética, herdada do Eisenstein de “O Encouraçado Potemkin” atesta o sacrifício dele e o sadismo dos generais. É forte o suficiente para carecer de qualquer análise político-ideológica.
           Nascimento, ao basear sua narrativa na história de Bona, teve a oportunidade de ampliá-la, usando a troca de 70 militantes de esquerda pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, em dezembro de 1970. Com a chegada dos militantes de Porto Alegre a Santiago, no governo Salvador Allende, ela, a narrativa, passa a enfocar o dilema dos exilados, fato inédito nos filmes sobre a luta armada no Brasil. São emocionantes as tentativas de Bona e Cecília de se tornarem atores e inquietante e triste sofrimento de Lenora. Ambos iriam peregrinar de país em país, após a queda de Allende; ele e Cecília na Argélia, ela em Paris, onde depois se encontram.
               Com este leque digno de uma epopéia, Nascimento passeia ainda pelas etapas históricas vividas por eles. De Bona e Cecília lutando para escapar à deportação à luta pela anistia, passando pela tragédia de Lenora, sem dúvida um dos melhores personagens do filme. Mas, em meio à luta pela sobrevivência desses jovens que lutaram contra a ditadura militar, surgem figuras ainda hoje atuantes na política brasileira, a mídia nacional e o papel que jogaram e não jogam mais. Serve para mostrar quem avançou e quem retrocedeu. Basta refletir sobre isto a partir das falas de Bona em Paris. Elas recuperam o que os “outrora engajados” querem a todo custo esquecer.
                “Em Teu Nome” embora não seja uma obra prima, inclusive carecendo de maior rigor estético, pode ser colocado ao lado de filmes que contribuem para o entendimento da história recente do país: “O Desafio”, de Paulo César Serracini; “Vida Provisória”, de Maurício Gomes Leite; “Pra Frente Brasil”, de Roberto Farias; “O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburguer.  Mas dá conta do recado. Emociona.
Em Teu Nome”. Drama. Brasil. 2009. 100 minutos. Roteiro: Paulo Nascimento, baseado na militância de João Carlos Bona Garcia. Elenco: Leonardo Machado, Fernanda Faro, Nelson Diniz, Marcos Verza, Sirmar Antunes, Silvia Buarque.

* Jornalista e cineasta, dirigiu os documentários "TerraMãe", "O Mestre do Cidadão" e "Paulão, lider popular". Escreveu novelas infantis,  "Os Grilos" e "Também os Galos não Cantam".

Fonte: http://www.vermelho.org.br/coluna