quinta-feira, 28 de março de 2013

TROTE PARA CALOUROS UNIVERSITÁRIOS É PERVERSÃO

"(...) toda forma de Trote a Calouros é uma manifestação primeva de barbarismo e Perversão, e todo proponente é por conseguinte um PERVERSO também." 

Independente do modo como é aplicado este atentado a dignidade humana nominalizado de 'TROTE DE CALOURO' é uma perversão violenta de 'mentes doentes' e má intencionadas. Independente do modo como ele possa ser aplicado, tanto no mascarado estilo 'Solidário da Benevolência Forçada'; assim bem como, pela mais vil da 'Exposição Humilhante' do calouro nos mais diferentes meios de ridicularizar sua presença na universidade é perversão das bárbaras sim! 

Nada justifica a atitude dos que se dizem veteranos em coisificar seus pares que iniciam por merecimento e capacidade sua etapa na formação superior! Toda universidade que se preza deve combater severamente qualquer uma destas formas de agressão a quem quer que seja o individuo. 

Estudante não tem que ser castigado, mas sim reverenciado pela atitude de coragem de seguir em frente, pela ternura de seus sonhos, pela entrega necessária para subir acima das adversidades de nosso tempo e cumprir as fundamentais etapas da formação Humana, Profissional, Cultural e de Emancipação Social de uma nação! 

Vou citar aqui apenas um exemplo de como é perigoso tentar 'coisificar' o jovem desconhecido que vai iniciar a vida acadêmica tentando lhes expor a humilhação pública. É o caso de um jovem cidadão que conheci em Curitiba no ano de 1998 aprovado em um curso concorrido do vestibular com média de 37 alunos por vaga. Este calouro de origem humilde durante as primeiras semanas de aula, diante das promessas e ameaças do "Trote" dos veteranos nesta grande universidade da capital paranaense frequentou as aulas 'armado' (preparado pra matar). Só não fez bobagem porque consegui convencer os sedentos veteranos 'idiotas' organizadores do trote que preparavam a ação kamikaze. 

É necessário ressaltar que um cidadão armado nunca estará bem intencionado com uma atitude desta, com certeza. De modo que também os prepotentes veteranos com suas mentes doentias também não estavam, ao fazerem os calouros tomar banho em uma 'piscina de barro' na Praça Carlos Gomes no centro de Curitiba. Se não bastasse isso, após o ritual de passagem no barro seguia-se para semáforo pedir dinheiro entre os carros enquanto os perversos se deleitavam diante de tamanha humilhação! 

Se universidade não é o lugar onde podemos revolucionar avanços culturais, o ambiente onde podemos ir lapidando nosso modo de ver, julgar e amadurecer. O espaço que nos propicia contribuir com as necessárias mudanças que tange a nossa própria existência enquanto ser social e o mundo a nossa volta, com certeza ela se desviou do seu propósito primeiro. 

É inadmissível que um estudante que conhece o regimento interno de uma universidade, os limites de seus direitos, a clareza seus deveres e assim mesmo de forma desafiadora viole o contrato social de bem estar a serviço de seus egocêntricos interesses ou de um seleto grupo. Estudante que age assim deve ser punido severamente, pois a delinquência na vida social é fruto destas atitudes de rompimento com as normas sejam elas de ordem restritiva a universidade ou de toda coletividade. 

Neste inicio de ano muitos veteranos ainda estão sob a ressaca de suas orgias de perversões punitivas para como os seus novos colegas, assim bem como, muitos calouros devem estar chagados pelo sentimento da humilhação, mesmo quando não reveladas publicamente mas no intimo a ferida sangra. E enquanto se fecham estas fissuras abertas que dividem a alegria da conquista de ter chegado ali e o impacto humilhante da recepção em descompasso com o propósito deve se abrir sim o leque da discussão permanente se necessário sobre estas atitudes marginais a vida acadêmica. 

E a nós os telespectadores quase inertes desses rituais de passagens, requintados na sua grande maioria de barbarismo, só nos resta ficar esperançoso de que o 'Homo Sapiens/Sapiens' que nos caracteriza e nos diferencia de todas as demais espécies possa dentro do ambiente universitário justificar nas atitudes e ações este diferencial qualitativo. 

Mas que sejam atitudes maduras dicotomizadas do desnecessário agir do Homo Passio/Pathos, retirado em seu egocentrismo narcísico, sádico, animalesco. Trote Solidário, Trote Cidadão, Trote Benevolente, não passam de figuras de linguagem e piada social. Trote é crime e tem que se denunciado! Porque ainda prefiro reafirma que toda forma de Trote a Calouros é uma manifestação primeva de barbarismo e Perversão, e todo proponente é por conseguinte um PERVERSO também. De modo que toda mente 'Perversa' é a um só tempo uma ameça a integridade física, a dignidade humana e a vida social. 

Professor 
Neuri Adilio Alves

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Por Daniel Duarte


"(...) a importância da filosofia na educação básica vai muito além da mera instrumentalização do pensar, do refletir ou do criticar."

A filosofia como um conhecimento histórico de mais de dois mil anos, por si só já tem importância pela bagagem cultural e epistemológica que desenvolveu ao longo deste período.
É inegável a contribuição de filósofos como Aristóteles, Platão, Descartes, Rousseau, Kant, Hegel, Marx, Gramsci, e outros que com suas reflexões e suas teses ajudaram e ajudam a sociedade ocidental a seguir seu desenvolvimento. 

No que se refere ao ensino de filosofia na educação básica, esta disciplina tem diversas possibilidades de contribuir para um melhor desenvolvimento da mesma. Muitas são as atribuições dadas ao ensino de filosofia e a sua importância na educação básica, alguns defendem que a filosofia é importante, pois ensina a pensar, ajuda a desenvolver o senso critico, ajuda na reflexão e que é importante para o exercício da cidadania, etc... 

Menciono aqui apenas os pontos considerados positivos, mas, certamente existem raciocínios contrários que divergem da importância da filosofia na educação básica.
Estes pontos positivos por vezes podem gerar nos professores de filosofia certa sensação de superioridade da filosofia sobre outras disciplinas, ou então causar certa desconfiança sobre as reais possibilidades de a filosofia dar conta de tamanha responsabilidade. 

Embora concorde em parte com estas afirmações, vou fazer algumas considerações que julgo pertinentes. 

Se “todos são filósofos” como se refere Gramsci, penso que a primeira hipótese que a filosofia ensina a pensar não se confirma, justamente porque acredito que ninguém ensina ninguém a pensar, e se isto fosse possível não seria privilegio apenas da filosofia, pois qualquer disciplina se bem ministrada, com professores qualificados e que saibam contextualizar o objeto de estudo com a cotidianidade, poderia “ensinar a pensar”. Portanto, todas as disciplinas tem esta capacidade. 

Ajudar a desenvolver o senso crítico e a reflexão e incentivar o exercício da cidadania, deveria ser tarefa de todas as disciplinas da educação básica, porém, talvez por incapacidade ou por acomodação na maioria das vezes este árduo trabalho fica como exclusividade das ciências humanas, sobretudo da filosofia e da sociologia. 

Afinal qual a importância da filosofia na educação básica? Penso que a filosofia junto com outras disciplinas, através de um trabalho interdisciplinar pode sim dar conta destas atribuições a ela referida, porém, penso que a importância maior da filosofia esteja na fundamentação teórica de tais conceitos. O que é o pensar? Qual a diferença do simples pensar para o pensamento filosófico? O que é a reflexão ou atitude reflexiva? O que é cidadania?

A filosofia tem importância quando se preocupa em fundamentar as proposições, ou seja, através de uma investigação seria e também de um método rigoroso de busca do conhecimento, busca explicitar o porquê do por que. Se não realizar tal tarefa a filosofia corre o risco de tornar a critica pela critica, o simples pensar por pensar, o refletir por refletir. 

De nada adianta exigir dos adolescentes determinados comportamentos, determinadas atitudes em relação à ética, politica, cidadania, se não leva-los a conhecer a fundo os conceitos e as proposições de tais temas. 

Ao fazer este movimento de busca radical dos princípios, a filosofia se diferencia das demais disciplinas, pois se for bem trabalhada com professores habilitados ela pode ser capaz de ultrapassar o questionamento superficial e vir a se tornar um conhecimento útil. 

Portanto, a importância da filosofia na educação básica vai muito além da mera instrumentalização do pensar, do refletir ou do criticar. A filosofia deve desvelar a gênese dos conceitos para que estes possam ser compreendidos na sua totalidade, e ao serem compreendidos possam ajudar na formação integral dos estudantes da educação básica. 

Daniel Duarte 
Professor de Filosofia e Sociologia. 

Fonte: 
http://boletimodiad.blogspot.com.br/2013/03/a-importancia-da-filosofia-na-educacao.html 

PASSOS DO ATRASO

Por, Jeferson Ávila


"(...) deputado e pastor Marcos Feliciano, você não me representa, pois, o seu cristianismo certamente não é o mesmo que o meu, que acolhe as pessoas, que respeita os diferentes e que esteve a frente das lutas pela redemocratização do nosso país."

A Câmara dos deputados tem nos revelado um triste cenário. Em tempos que poderíamos avançar nas políticas de afirmação dos direitos e da democracia, estamos dando lugar ao atraso e ao retrocesso. O pior de tudo é que grande parte da população está assistindo de braços cruzados. E vou além. Pergunto, os nossos vereadores se abstiveram deste debate? Infelizmente os legislativos também estão contaminando com o vírus da intolerância e do extremismo religioso. 

Não vejo problema algum em um pastor ser eleito para um cargo legislativo ou até mesmo presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDHM), desde que seja um líder religioso identificado com a garantia dos direitos humanos e da dignidade das minorias estigmatizadas, o que não é o caso do pastor Marcos Feliciano, um inimigo público e declarado das minorias.

Seus discursos racistas, homofóbicos e sexistas, estimulam a violação da dignidade humana de grupos historicamente perseguidos. O pior de tudo é que ele se utiliza das escrituras sagradas - uma interpretação insana, distorcida e racista da Bíblia -, para justificar suas posições preconceituosas e atrasadas.

Não, não foram esse os ensinamentos cristãos que recebi de meus pais, e que certamente foram responsáveis pela minha formação ética e cidadão. Por isso deputado e pastor Marcos Feliciano, você não me representa, pois, o seu cristianismo certamente não é o mesmo que o meu, que acolhe as pessoas, que respeita os diferentes e que esteve a frente das lutas pela redemocratização do nosso país. 

Ter Marcos Feliciano na CDHM é uma estúpida contradição. 

Mas, onde estão os nossos deputados, vereadores e lideranças para publicamente expressarem seu repúdio? Em tempos de acordos políticos, grande parte deles preferem assistir de braços cruzados, ou será que comungam dessas mesmas ideias? Lutar ainda vale a pena. 

Jornalista, Jeferson Ávila

terça-feira, 26 de março de 2013

PACTO DA EDUCAÇÃO OU IMPACTO DA NEGAÇÃO?


"Colombo não é um governo é uma réplica da inoperância, de irresponsabilidade como Silveira, ele é um fantoche produzido e alimentado pela mídia, pela federação das indústrias do estado, pela inconsciência do povo, pela incompetência do voto."

Assim poderíamos iniciar como advogados do diabo nosso descontentamento contra o Governo Colombo e sua trupe de malabares da mentira e contradição! Afinal o filho pródigo do ex Governador Luiz Henrique, tem acumulado junto a sua incompetência provada nas ações, o legado apodrecido das políticas emergentes de caráter puramente eleitoreiro de seu antecessor. Vejamos pelo estado quanto investimento em recapeamento de rodovias e acesso a municípios com superfaturamento na pavimentação 'casca de ovo' como ocorreu na BR 282 toda recapeada recentemente e se deteriorando vergonhosamente em muitos trechos da região oeste por exemplo.

Este pacto das rodovias não passa de mais pacto pelo acumulo ilícito do dinheiro público a ser dividido entre empreiteiras afilhadas do governo e afinadas com as falcatruas de trocas de favores na prestação de serviços. É o toma lá, da cá no jogo de cartas marcadas, e o 'onus' repassado ao cidadão, formando a lógica perversa dos roedores da máquina pública. Enquanto nós contribuintes continuamos transitando a deriva no abandono desqualificado da prestação de serviços, quando deveríamos ser contemplado de forma qualitativa e quantitativamente nas politicas públicas em conformidade com o que o estado 'usurpa' sob o nome de arrecadação do contribuinte.

Vejamos o midiático e escandaloso caso de deterioração da Escola Estadual Bom Pastor em Chapecó inaugurada em 2010, outra prova irrevogável de negação verdade. Um problema velado antes mesmo de sua forçada inauguração vetada pelo corpo de bombeiro tendo em vista irregularidades na obra e falta de habite-se da prefeitura. E agora eis que os problemas se levantam como prova concreta de que aquela pressa eleitoral de Luiz Henrique, Paulo Bauer, do ex prefeito de Chapecó e toda trupe de canalhas para acelerar o processo do término do “gaiolão escolar” superfaturado era enganar o povo. Com objetivo único a concentração de votos em Chapecó e pela Região Oeste como aconteceu na eleição dos dois aloprados ao senado federal com grande votação em Chapecó e o um pilantra sofista a deputado federal!

Não podemos esquecer que também a Udesc da cidade de Pinhalzinho inaugurada em 2005, pouco tempo após a 'Inauguração' apresentou inúmeros problemas com infiltração, chuva dentro da salas de aula, rachaduras no prédio, pintura comprometida entre outros e ai a pergunta de sempre: Porque edificações como a Escola Bom Pastor e a Udesc com avantajados investimentos poderiam apresentar sérios problemas meses depois de sua inauguração?

A pergunta que todo cidadão catarinense deve ainda se fazer é quantas obras além das citadas foram/são superfaturadas em Santa Catarina em troca de caixa dois pra eleição existe. E que hoje começam a apresentar os limites da engenharia do cagaço, dos materiais de baixo custo (superfaturados), das empreiteiras negando culpa, dos engenheiros propondo remendos e dos sujos empresários fazendo o lobismo por novas licitações e acordos na calada da noite. 

Enquanto isso nossos filhos, nós também os filhos adotados do estado continuamos segurando guarda-chuva nas salas de aula, guinchando veículos quebrados nas rodovias e morrendo na fila dos hospitais pelo abandono nas políticas da saúde pública. E enquanto isso o governo Colombo requentando a cartilha de seu antecessor e falando em pacto para todo o estado.

Colombo não é um governo é uma réplica da inoperância, de irresponsabilidade como Silveira, ele é um fantoche produzido e alimentado pela mídia, pela federação das indústrias do estado, pela inconsciência do povo, pela incompetência do voto. É uma falácia midiática a serviço dos interesses de grupo. Ele é uma massa clonada dos seus antecessores, desde de o aportar do navegador genovês Cristóvão trazendo seu sobrenome as nossas terras, ao acampamento do atual Colombo na ilha catarinense como agente público, saqueador de nossa confiança, roedor do aparelho do estado, dos direitos do povo. É sim, a mais imperfeita das mentiras eleitorais já produzidas, por que nem a isso tem autenticidade própria, dependendo até dos cartilhas ineficazes e requentadas de seus antecessores para governar, ele é a continuação de nossos erros. Mas ainda assim Colombo na soma geral não é culpado sabe porque:

… aquele buraco na rodovia;
… aquela rachadura no prédio da escola,
… aquelas goteira na escola, universidade,
… aquela falta de vagas nas escolas;
… aquela escola abandonada;
… aquele parco salário dos professores;
… aquela fila nos hospitais do estado;
aquela... aquela… aquela... 

... É CULPA DO VOTO INCONSEQUENTE!!! Agora Ele assume o “Pacto da Negação” de sua ineficácia e seus eleitores negam que um dia o apoiaram! Está tudo empatado, em 2014 teremos a prorrogação vamos ver o resultado final!

Neuri Adilio Alves
Filósofo Professor/Pesquisador

A ESTÉTICA E O LÚDICO

"(...) tanto a estética como o lúdico, nos tiram do mundo prosaico, racional-utilitário, para nos colocar num segundo estado, tanto de ressonância de empatia, de harmonia, como de fervor, de comunicação, de exaltação."

“O Estado estético é um segundo estado de felicidade, graça, emoção, gozo, felicidade. A estética é aqui concebida não somente como um caráter próprio das obras de arte mas também a partir do sentido original do termo aisthètikos de aisthanesthai, ‘sentir’. 

É uma emoção, um sentimento de beleza, de admiração, de verdade, e no paroxismo, de sublime; ele nasce não somente dos espetáculos ou das artes, evidentemente aqueles da música, do canto, da dança, mas também dos odores, perfumes, gosto dos alimentos ou bebidas, e ele nasce do espetáculo da natureza, do encantamento diante do oceano, da montanha, do sol nascente. 

Ele pode também nascer das obras, que inicialmente não tinham nenhum objetivo estético, como os antigos moinhos de vento ou as antigas locomotivas a carvão. Também, os objetos mais técnicos, como o automóvel e o avião podem se tornar carregados de estética.

A estética e o lúdico tem como traço comum ser sua própria finalidade, aí subentendido quando eles comportam finalidades utilitárias. 

A estética e a consumação tem por traço comum atingir o segundo estado, que pode se tornar soberano. 

A estética e o imaginário tem uma parte comum: a estética alimenta o imaginário e é em parte, alimentado pelo imaginário (epopéias, romances, poesias, esculturas, etc.) 

A estética e a poesia vivida tem em comum o encantamento que pode proporcionar um e outro.

O mundo contemporâneo presenciou o desenvolvimento de um vasto setor estético feito para alimentar nossos psiquismos, nossas almas. O romance ocupou um lugar considerável no século XIX, seguido no século XX pelo filme e pelas seriados de televisão. 

A estética contemporânea cobre uma vasta gama, que vai do mundo imaginário dos romances e os filmes, aos espetáculos, às festas, às viagens turísticas para visitar monumentos e paisagens, e comportam mais de mil pequenos prazeres da vida, mil pequenas delicias gastronômicas e enológicas, mil pequenas gotas de divertimento no quotidiano dos costumes. (...)

Em todos os casos, tanto a estética como o lúdico, nos tiram do mundo prosaico, racional-utilitário, para nos colocar num segundo estado, tanto de ressonância de empatia, de harmonia, como de fervor, de comunicação, de exaltação. Ela nos coloca num estado de graça, onde nosso ser e o mundo são um e outro mutuamente transfigurados, o que podemos denominar de estado poético.”

Edgar Morin;
O Método 5. A humanidade da humanidade. A identidade humana.Paris, nov. 2001, Éditions du Seuil. Tradução livre de Nurimar Falci, São Paulo, 2001. 

http://www.edgarmorin.org.br/index.php